Blog do Observatório do Trabalho


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quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Balanço das negociações dos reajustes salariais do 1º semestre de 2010

proximadamente 97% das 290 negociações salariais registradas no primeiro semestre de 2010, pelo Sistema de Acompanhamento de Salários (SAS) mantido pelo DIEESE - Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos, conquistaram reajustes salariais iguais ou acima da inflação medida pelo INPC-IBGE, acumulada desde o último reajuste. Trata-se de um desempenho melhor que o obtido pelas mesmas 290 unidades de negociação nos anos de 2008 e 2009, quando o percentual de negociações com reajustes iguais ou superiores ao índice foi, respectivamente, 87% e 93%.

A melhora no resultado dos reajustes em 2010 frente ao observado nos dois anos anteriores é um indicativo do bom momento por que passa a negociação coletiva brasileira, em sintonia com a evolução dos indicadores econômicos do país.

A proporção dos aumentos reais em percentuais próximos do índice inflacionário continua elevada. Aproximadamente 63% dos reajustes em 2010 resultaram em ganhos reais de até 2% acima da inflação. É pequena a diferença em relação aos dois anos anteriores: 65% dos reajustes de 2008 e 64% dos reajustes de 2009 obtiveram aumentos reais equivalentes. Ainda assim, nota-se que em 2010 houve um sensível crescimento no número de negociações com aumentos reais acima desse patamar, pois cerca de 25% dos reajustes analisados resultaram em aumentos reais superiores a 2%. Em 2008, o percentual de negociações acima dessa faixa de ganho totalizava 11% e em 2009, 12%. Quanto aos aumentos reais acima de 3%, em 2010 representaram 12% do painel. Em 2008, 4% e em 2009, 5%. Vale ressaltar ainda que o número de reajustes acima de 5% do INPC-IBGE mais que triplicou entre 2009 e 2010, passando de 5 para 16 negociações.


Veja aqui a íntegra do trabalho.

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terça-feira, 10 de agosto de 2010

Balanço do Emprego em Campinas e Região no 1º semestre de 2010 - principais resultados

• Região Metropolitana de Campinas (RMC)
o 1º semestre de 2010 foi o melhor da série histórica do CAGED para a RMC com 34.451 vagas (resultado 13,9% superior ao verificado no mesmo período de 2008, melhor resultado até então);
o Crescimento do estoque de vagas foi de 4,3% no 1º semestre (no país foi de 4,5%);
o Serviços e Indústria da Transformação foram os setores que mais se destacaram, com saldos bastante próximos: 12.819 (37,2% do saldo total) e 12.522 (36,3%), respectivamente;
o Destaque para Indústria do material de transporte com 3.313 vagas (26,5% das vagas da Indústria) [(Fabricação de peças e acessórios para veículos automotores com 64,4% do saldo (2.133 vagas) e para a Fabricação de veículos ferroviários com 30,4% do saldo (1.007 vagas)] e a Indústria têxtil do vestuário e artefatos de tecidos com 1.863 vagas (14,8%);
o Retomada da relação entre salário de admissão e desligamento aos patamares anteriores a crise, indicando melhora salarial;
o Salário real médio da RMC passou para R$ 971 (média 1º sem/2010), crescimento de 4,0% em relação a 2009 e de 2,7% em relação a 2008, indicando que os salários tiveram crescimento real não apenas em relação ao ano de crise como ficaram maiores que a média salarial do pré-crise;
o RMC acumulou massa salarial de 20,0 milhões no 1º semestre, recuperando 50,6% da massa salarial perdida no ano anterior (39,5 milhões).
o As 20 ocupações que mais geraram saldo foram responsáveis por 58,2% do saldo total da RMC, (de 34.451 postos de trabalho, 20.043 foram gerados em apenas vinte famílias ocupacionais). Foram elas: Alimentadores de linhas de produção (11,1% do saldo), Agentes, assistentes e auxiliares administrativos (9,3%) e Ajudantes de obras civis (5,5%).

• Município de Campinas
o 1º semestre de 2010 foi o 2º melhor da série histórica do CAGED para Campinas com 9.066 vagas, (ficando atrás apenas do mesmo período de 2008 com 11.988 vagas);
o Crescimento do estoque de vagas foi de 2,7% no 1º semestre;
o Serviços foi responsável por mais da metade das vagas geradas (57,5%), totalizando 5.214 vagas no 1º semestre de 2010;
o A Indústria gerou 26,3% do saldo no 1º semestre do ano (2.388 vagas). Destaque para o subsetor da Indústria do material de transporte com 780 vagas (32,7% das vagas da Indústria);
o Crescimento real do salário médio em relação ao ano anterior foi de 6,3%, acima da média para a RMC. Entre 2008 e 2010, o crescimento do salário real de admissão foi de 3,2%.
o Perda salarial em 2009 foi de 18,3 milhões. No 1º semestre o acumulo foi de 3,1 milhões, saldo que recuperou 16,8% da massa perdida no ano anterior. A recuperação menor que a vista na RMC.Um dos fatores que explicam esse comportamento é o crescimento menor do emprego em Campinas em relação à RMC.
o As vinte famílias ocupacionais que mais empregaram foram responsáveis por 74,1% do saldo total de vagas no primeiro semestre, ou seja, três vagas em cada quatro geradas pertencem a um grupo de apenas vinte ocupações. As principais foram: Agentes, assistentes e auxiliares administrativos (13,3%), Ajudantes de obras civis (7,6%) e Preparadores e operadores de máquina ferramenta convencionais (6,3%).

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

País vive cenários extremos no desemprego

Nordeste convive com taxas mais elevadas do que no Sul, mais próximo do pleno emprego

Ilton Caldeira, iG São Paulo | 03/08/2010 05:45

O Brasil vive um período favorável no emprego, com a geração de mais vagas com carteira assinada e aumento na renda média do trabalhador. Mas apesar de a taxa de desemprego atingir 7% em junho, uma das mais baixas da história, o dado frio da estatística nacional não revela os extremos da realidade do emprego.

Enquanto a região metropolitana de Porto Alegre registra uma taxa de desemprego de 4,7%, a mais baixa contabilizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), numa situação considerada pelos economistas de pleno emprego, a Grande Salvador possui um índice de 12%, o mais alto do País, cinco pontos acima da média nacional.

“O setor de serviços e a indústria do turismo são os grandes geradores de empregos em Salvador”, diz o economista da Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia, Luiz Chateaubriand, especializado na questão de emprego e renda.

Em junho, a Grande Salvador tinha 1,560 milhão de pessoas ocupadas, das quais cerca de 924 mil no setor de serviços, que também engloba as atividades ligadas ao turismo.

“Mas com a crescente formalização dos trabalhadores, o emprego autônomo, como o dos vendedores ambulantes, está perdendo importância e muita gente com um trabalho informal tem buscado uma oportunidade de emprego com proteção social e todos os direitos trabalhistas. Isso contribui para manter elevada a taxa de desocupação na região”, analisa o especialista.

Apesar dos sucessivos avanços verificados nos últimos anos, a região metropolitana de Salvador ainda carece de uma estrutura econômica capaz de gerar uma grande quantidade de empregos e suprir a demanda de mão de obra de forma mais intensa.

No Rio Grande do Sul, o economista Raul Bastos, coordenador do Núcleo de Análise de Emprego e Desemprego da Fundação de Economia e Estatística (FEE), diz que o aumento na geração de empregos formais, com carteira assinada, principalmente na área da indústria de transformação influenciou diretamente a redução do desemprego na região metropolitana de Porto Alegre nos últimos meses.

“O setor de serviços segue tendo um grande peso na geração de empregos, mas a indústria vem apresentando um forte incremento. O setor foi o mais afetado pela crise econômica e agora, com o crescimento do consumo e a retomada dos investimentos em produção, o segmento voltou a gerar postos de trabalho”, explica.

Segundo Bastos, em junho foram geradas na região metropolitana de Porto Alegre cerca de 22 mil vagas formais na indústria, cerca de 9 mil na construção civil, 6 mil postos no setor de serviços e outros 6 mil empregos no comércio, de acordo com dados coletados pela FEE.

Pleno emprego


A redução mais acentuada nas taxas de desemprego em algumas regiões do País fez com que metade das áreas metropoitanas analisadas pelo IBGE na Pesquisa Mensal de Emprego já apresentem o que os economistas classificam como pleno emprego.

Segundo especialistas no setor, para os padrões e características da economia brasileira esse cenário é alcançado quando a taxa de desocupação se situa entre 5 % e 6%.

O último relatório divulgado pelo IBGE, com dados da pesquisa de emprego referente ao mês de junho, aponta que as taxas de desocupação nas regiões metropolitanas de Porto Alegre, Rio de Janeiro e Belo Horizonte já se encontram nessa faixa de pleno emprego.

De acordo com os dados do IBGE, a região metropolitana de Porto Alegre é a área que registra o menor nível de desemprego no País, com taxa de desocupação de 4,7% em junho. No mesmo período, a região metropolitana de Belo Horizonte, com um índice de desocupação de 5,1%, seguida pelo Rio de Janeiro, com 5,8% de desemprego, completam a área de pleno emprego do País, com base nos dados estatísticos.

Os dados do IBGE mostram que apesar da forte redução do desemprego em praticamente todo o País, a região metropolitana de Salvador registra a maior taxa de desocupação do Brasil com 12%, seguida por Recife, com um desemprego de 8,6%, e São Paulo, com taxa de 7,4% de desocupação.

O pleno emprego não significa o fim do desemprego, mas ocorre quando o nível de trabalhadores sem emprego se situa em uma faixa que os especialistas definem como friccional, ou seja, quando o trabalhador fica fora do mercado de trabalho por um curto período de tempo, entre 30 e 60 dias.

Isso ocorreu nos Estados Unidos durante a Segunda Guerra Mundial, quando houve uma forte expansão na produção e o desemprego oscilava na faixa de 2%. Na avaliação dos especialistas, os anos de governo do presidente Bill Clinton também podem ser considerados como de pleno emprego. Naquele momento, a taxa de desemprego entre os americanos chegou a ser de 4%.

Segue o link:

http://economia.ig.com.br/pais+vive+cenarios+extremos+no+desemprego/n1237737001862.html

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Aumenta troca de emprego por salário maior

Um levantamento do jornal Valor Econômico, com dados do Ministério do Trabalho e Emprego, mostra que, nos primeiros cinco meses de 2010, dois recordes mudaram o padrão do mercado de trabalho brasileiro: das pessoas desligadas, 30,5% pediram demissão – percentual bem acima dos 26% de 2008; e, a troca de emprego por decisão do trabalhador levou os pedidos de seguro-desemprego ao menor nível em dez anos.

Segundo o jornal, 23,8% dos trabalhadores com Carteira assinada que deixaram os empregos entre janeiro e maio de 2008 pediram demissão. A proporção caiu em igual período do ano seguinte, para 16% dos desligados. O recorde anterior (26%) ocorreu entre junho e outubro de 2008, antes que os efeitos da crise mundial atingissem a economia brasileira.

Com o aumento das demissões por decisão do trabalhador, também aumenta a taxa de rotatividade no emprego formal, que oscila, desde 2005, em torno de 3,6% ao mês. No primeiro trimestre de 2008, chegou a atingir média de 4,07. Em igual período deste ano, a média foi maior e o resultado de junho, 4,10%, é o maior para o mês desde 2005.

Os dados de 2010 indicam que, neste ano, a rotatividade está aumentando também por decisão dos trabalhadores, que provavelmente encontraram um emprego melhor ou com maior remuneração. Por isso, ela ajuda a reduzir a demanda por seguro-desemprego.

Fonte: jornal Valor Econômico
www.valoronline.com.br

Consumo da classe D supera o da B puxado por valorização do mínimo

O instituto de pesquisas Data Popular revela que em 2010, pela primeira vez, a renda que a classe D (entre R$ 511 e R$ 1.530) terá para gastar com produtos e serviços será maior que a da classe B (entre R$ 5.101 e R$ 10.200). Segundo o instituto, da massa total de rendimentos (R$ 1,380 trilhão), as famílias da classe D disporão de 28% (R$ 381,2 bilhões), enquanto a classe B ficará com 24% (329,5 bilhões).

O diretor do Data Popular, Renato Meirelles, ressalta que a situação econômica mais favorável para as camadas de menor renda tem o aumento do salário mínimo, benefícios sociais, como o Bolsa Família, e a geração de empregos formais na sua origem. Ele observa que “é a primeira vez que a classe D passa a ser o segundo maior estrato social em termos de consumo”, já que a classe C continua na liderança, com R$ 437,6 bilhões.

Segundo o assessor do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), Sérgio Mendonça, a renda da classe D está atrelada ao salário mínimo. Ele explica que entre abril de 2003 e janeiro deste ano o salário mínimo teve aumento real (acima da inflação) de 53,7%. ”Nenhuma categoria teve esse ganho de renda no mesmo período”, observa.

Só em janeiro deste ano, por exemplo, foram injetados na economia R$ 26,6 bilhões ou 0,70% do PIB por causa do reajuste de 9,67% do mínimo. Mendonça acrescenta ainda dois fatores que favoreceram o potencial de consumo da baixa renda: a criação de empregos formais e o crédito consignado (aquele com juros mais baixos).

Compras - O potencial de consumo da classe D supera o da B nas categorias alimentação dentro do lar (R$ 68,2 bilhões); vestuário e acessórios (R$ 12,7 bilhões); móveis, eletrodomésticos e eletrônicos para o lar (R$ 16,3 bilhões); e remédios (R$ 9,9 bilhões). Em artigos de higiene, cuidados pessoais e limpeza do lar, o potencial de consumo das classes D e B se igualam (R$ 11 bilhões).

Fonte: jornal O Estado de S. Paulo
www.estadão.com.br

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Com economia aquecida, cresce a pressão por reajustes salariais

GAZETA DO POVO (PR) • ECONOMIA • 21/7/2010

Total de categorias com aumento superior à inflação deve bater recorde em 2010. Sindicatos prometem ganhos reais de até 10% acima do INPC

O forte crescimento da economia, a escassez de mão de obra qualificada e a queda do desemprego devem inflar os reajustes salariais deste segundo semestre. Embalados pelo sucesso das negociações do ano passado, quando a economia brasileira mal havia saído da crise, sindicatos paranaenses prometem exigir aumentos reais acima da inflação ainda maiores em 2010. Enquanto em 2009 os ganhos reais no estado ficaram entre 1% e 2% na maioria dos casos, desta vez os trabalhadores prometem exigir porcentuais de 3% a 10% superiores ao Índice Nacional de Preços ao Consu­midor (INPC), usado como referência pelos sindicatos.

Segundo o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), a tendência é que o total de categorias profissionais com reajuste superior à inflação bata recorde neste ano, superando a marca de 2007, quando 87,7% das negociações de todo o Brasil terminaram com ganhos reais para os trabalhadores. No ano passado, apesar da crise econômica, o índice foi de 79,9% no país, o terceiro maior da série histórica iniciada em 1996. “Neste ano deve subir não apenas o total de acordos com ganho real, como os próprios reajustes obtidos pelos trabalhadores. Os índices devem ser de, no mínimo, 2% acima do INPC”, prevê Cid Cordeiro, economista do escritório paranaense do Dieese.

Os acordos fechados no primeiro semestre servirão de combustível extra às negociações dos próximos meses. Entre janeiro e junho, funcionários da rede privada de saúde do Paraná conseguiram aumento de 1,4% acima da inflação; no comércio, os ganhos foram de 1,65% e, no setor de serviços, chegaram a 3,53%. Operários das indústrias de bebidas e eletroeletrônicos receberam 1% e 3%, respectivamente.

Sindicalistas costumam argumentar que, ao elevar o poder de compra dos trabalhadores, gordos reajustes salariais beneficiam toda a economia. Mas empresários e economistas ponderam que, ao elevar os custos das empresas e estimular fortemente o consumo, aumentos muito superiores à inflação podem gerar ainda mais inflação.

“Além da questão inflacionária, no Paraná temos um piso regional que é um dos maiores do país. Para a indústria, é de R$ 714, enquanto em São Paulo é de R$ 570. Nessa situação, pedir aumento real de 3% é extrapolar a realidade do mercado”, diz Amílton Stival, coordenador do conselho temático de relações de trabalho da Federação das Indústrias do Paraná (Fiep).

“Há espaço para aumento real, mas é preciso cuidar com o tamanho dele. Pressões adicionais sobre os preços vão se refletir em juros mais altos no futuro, que por sua vez frearão a economia. E aí todos perdem”, alerta o economista Luciano Nakabashi, professor da Universidade Federal do Paraná (UFPR).

Despesas

Para o bancário Luiz Pizetta, no entanto, os ganhos dos últimos anos foram “reais” apenas em relação ao INPC. “As despesas da classe média sobem muito mais que a inflação medida pelo INPC. A gente ganha aumento de 7%, mas o colégio particular sobe 12%. Então eu não posso dizer que meu poder aquisitivo cresceu.”

“Os sindicatos ligados à central devem pedir de 5% a 10% de aumento real”, avisa Marisa Stédile, secretária-geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT). Na Força Sindical, a ordem é conseguir índices de ganho real maiores que os obtidos no primeiro semestre, que ficaram entre 1,5% e 2%, diz o secretário-geral da Força no Paraná, Clementino Vieira. A Fetiep, federação que reúne categorias industriais não organizadas em sindicatos, pretende exigir INPC mais metade da expansão do Produto Interno Bruto (PIB) ou seja, 3,6% de aumento real, considerando-se a estimativa de que o PIB crescerá 7,2% neste ano.

O Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba (SMC) pretende arrancar das montadoras e de outras empresas do setor um reajuste real superior a 3,7%. “Esse foi o índice mais baixo que conseguimos em 2009, um ano que começou bastante complicado. Como 2010 é um ano muito melhor, o índice tem de ser mais alto”, diz Jamil Dávila, secretário-geral do SMC.

“Astronômicos”

Os bancários devem fechar sua pauta de reivindicações no próximo fim de semana, em sua conferência nacional. Mas já anunciam que vão pedir, no mínimo, o repasse do INPC acumulado em 12 meses que deve ficar em 5,5% em setembro, segundo previsão do Dieese mais 5% de aumento real. “Os bancos fazem parte de um setor que, com crise ou sem crise, sempre apresenta resultados astronômicos. Nada mais justo que dividi-los com os trabalhadores”, argumenta Otávio Dias, presidente do Sindicato dos Bancários de Curitiba e Região.

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Saldo líquido de empregos supera marca de 10 milhões desde 2003

Comércio e serviços foram os que apresentaram o melhor desempenho no período, segundo dados do Caged

Ilton Caldeira, iG São Paulo | 15/07/2010 05:15 - Atualizada às 12:27

O dinamismo vigoroso da atividade econômica nos últimos anos contribuiu para o forte crescimento do mercado de trabalho no Brasil e o aumento da formalização da mão de obra. Com a divulgação dos dados de junho do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), o País ultrapassou a marca de 10 milhões de empregos líquidos (o saldo total de admissões e dispensas de empregados, sob o regime da Consolidação das Leis do Trabalho) criados desde 2003.

Até o mês de maio, o saldo líquido de empregos gerados no País era de 9.976.450 postos de trabalho. Com o resultado de junho, quando foram gerados 212.952 vagas, o saldo líquido atingiu 10.189.402.

Na avaliação de especialistas e estudiosos que acompanham a evolução do mercado de trabalho, esse resultado representa um dos melhores desempenhos da história recente do País, talvez só comparável ao período de forte crescimento da economia na década de 70 que ficou conhecido como “Milagre Brasileiro”.

Como o Caged sofreu uma mudança na metodologia em 2002, os dados consolidados anteriormente, desde 1992, não podem ser utilizados para efeito de comparação com o atual desempenho, segundo os analistas, sob o risco de gerar distorções e erros de interpretação.

Desempenho por região

A maior responsável por esse movimento de forte ampliação de vagas no mercado formal foi a região Sudeste. Desde janeiro de 2003, o saldo de empregos gerados nos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo é de cerca de 5,7 milhões de postos de trabalho, sendo que a maior parte desse desempenho, cerca de 1,9 milhão de vagas líquidas, foi registrado na região metropolitana de São Paulo.

O desempenho na capital paulista e nas demais cidades da Grande São Paulo, equivale ao saldo líquido de empregos nos três Estados do Sul do País, desde 2003, a segunda melhor colocada entre as cinco regiões do Brasil. Nesse período, até maio de 2010, a região Sul acumula um saldo de aproximadamente 1,9 milhão de vagas, seguida pela região Nordeste, que tem um saldo líquido de cerca de 1,3 milhão de vagas.

As regiões Centro-Oeste, com um saldo líquido de 660 mil vagas, e Norte, com 380 mil vagas, também apresentaram avanços significativos, mas não na mesma intensidade verificada nas demais áreas do País, onde a atividade econômica apresentou um ritmo mais intenso.

Para o economista Fábio Romão, da consultoria LCA, além da forte expansão do mercado de trabalho, o principal ponto positivo é o processo crescente de formalização da mão de obra. “Isso aumenta o nível de confiança na economia e melhora o acesso das pessoas ao crédito, impulsionando diversos setores.”

Segundo Romão, esse processo de melhora do cenário no mercado de trabalho aconteceu na esteira do crescimento sustentado da economia entre 2004 e 2008. “ No início de 2009 houve uma interrupção nesse desempenho, por causa dos efeitos da crise financeira no fim de 2008. Mas já no segundo semestre do ano passado, muitos setores iniciaram uma volta ao ritmo de antes da crise e desde então a atividade tem sido muito intensa.”

Serviços e comércio

Os setores de serviços, com um saldo líquido de quase 4 milhões de vagas, e comércio, com 2,5 milhões de postos de trabalho foram os que apresentaram o desempenho mais vigoroso desde 2003, tendo sido reponsáveis por mais da metade do resultado consolidado verificado até o momento.

O setor industrial foi o mais atingido, num primeiro momento, pelos efeitos da crise financeira, mas voltou logo a se recompor e acumula um saldo de cerca de 2 milhões de empregos líquidos em pouco mais de sete anos. Já o segmento de construção civil passou praticamente ileso pelo período de turbulência na economia e manteve o ritmo de geração de empregos, acumulando um resultado líquido de 930 mil postos.

Para os especialistas, o processo de desindustrialização do emprego formal indica que o Brasil está evoluindo para um cenário já consolidado em economias mais maduras, como a dos Estados Unidos e em alguns países da Europa, onde a participação da população no emprego industrial vem caindo à medida que o setor de serviços se expande. “ Essa mudança no perfil do emprego não é negativa e indica que a economia brasileira está buscando outras formas de crescer”, afirma o economista da Gradual Investimentos, André Perfeito.

Na avaliação do economista João Paulo dos Reis Velloso, que foi titular do Ministério do Planejamento de 1969 a 1979, um elemento importante para manter e ampliar o crescimento da economia e do mercado de trabalho é o investimento tanto público, quanto o privado. “Além disso, é necessário qualificar melhor a mão de obra e gerar melhores posto de trabalho”, diz.

Síntese do comportamento do emprego em Junho segundo o CAGED/MTE

Brasil

O saldo de vagas no Brasil apresentou o segundo melhor junho da série histórica do CAGED (perdendo apenas para junho de 2008 com 309.442 vagas). Em junho foram 212.952 postos de trabalho no mês, um crescimento de 0,62% no estoque de emprego. Em relação ao mês anterior, houve uma queda do saldo de 28,5% (298.041 vagas em maio) e em relação ao mesmo mês do ano anterior houve um crescimento de 78,2% (119.495 vagas em junho de 2009).
O saldo acumulado no primeiro semestre do ano chegou a 1.473.320 vagas (crescimento de 4,5% do estoque de empregos no ano), em 2009 o saldo para o período havia sido de apenas 299.506 vagas. O saldo gerado nos seis primeiros meses de 2010 foi o melhor da série histórica (8,2% acima do mesmo período de 2008, melhor resultado até então com 1.361.388 vagas).
O setor que mais contribuiu para o saldo de junho foi Serviços com 57.450 vagas.

Região Metropolitana de Campinas
Na Região Metropolitana de Campinas foram gerados 2.005 postos de trabalho (dados de Holambra não inclusos), um crescimento de 0,25% sobre o estoque de mão de obra de maio e aumento do saldo em 83,9% em relação a junho de 2009 (1.091 vagas). No acumulado do ano já são 34.358 vagas, saldo 11 vezes maior que o mesmo período de 2009 (3.025 vagas). Esse período foi o melhor da RMC desde sua criação em 2000. O destaque na RMC foi a Indústria com 1.639 vagas.

Campinas

Campinas apresentou o segundo melhor semestre da série histórica do CAGED com 9.066 vagas, ficando atrás apenas do primeiro semestre de 2008 com 11.988 vagas. Em apenas um semestre, Campinas conseguiu gerar um saldo 72,1% superior ao gerado em todo o ano de 2009 (5.268 vagas).
Em junho, o município apresentou uma desaceleração no saldo de vagas tendo apresentado apenas 289 vagas, o que corresponde a 14,4% do total de vagas geradas na RMC. Esse número foi 18,4% inferior ao resultado de junho de 2009 (354 vagas) e 86,5% inferior ao saldo de maio de 2010 (2.143 vagas).
O setor que se destacou no município em junho foi a Indústria com uma geração de 334 postos de trabalho, 106,2% superior a maio (162 vagas). No primeiro semestre esse setor acumulou 2.388 vagas, saldo bastante expressivo em comparação ao saldo negativo do primeiro semestre de 2009 com 2.020 vagas.
O setor de Serviços veio em seguida com 208 vagas, queda de 80,0% em relação ao mês anterior (1.040 vagas) e crescimento de 77,8% em relação ao mesmo mês do ano anterior (117 vagas em junho de 2009). Apesar da queda em junho, esse setor acumulou no primeiro semestre 5.214 vagas, saldo 67,2% acima do acumulado no primeiro semestre de 2009 (3.119 vagas).
O setor de Comércio também apresentou saldo negativo no mês (-97), mas no acumulado do semestre conta com 1.057 vagas, resultado bastante superior ao saldo obtido no mesmo período do ano anterior (-353 vagas no primeiro semestre de 2009).

quinta-feira, 15 de julho de 2010

AVISO DE PAUTA - CAGED

Data: 15/07/2010 (quinta-feira)
Hora: 11h
Local: MTE - Esplanada dos Ministérios, Bloco F, Sala 433. Brasília - DF.

Assunto: O ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, anuncia os números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) referentes ao mês de junho de 2010.

terça-feira, 13 de julho de 2010

Em 13 anos, 12,8 milhões saíram da pobreza absoluta, mostra Ipea

Taxa de pobreza absoluta caiu de 43,4% em 1995 para 28,8% em 2008.
Distribuição de renda só registrou piora no Distrito Federal.

Quase 13 milhões de brasileiros saíram da pobreza absoluta entre 1995 e 2008, segundo levantamento do Instituto Brasileiro de Pesquisas Econômicas (Ipea). Com isso, essa faixa, que considera famílias com rendimento médio por pessoa de até meio salário mínimo mensal, recuou de 43,4% para 28,8% do total da população no período.

A maior queda foi verificada na região Sul, onde a porcentagem da população em pobreza absoluta recuou 47,1%, de 34% para 13% do total. Com isso, a região ultrapassou o Sudeste como detentora do melhor indicador – no conjunto dos quatro estados desta região, a população em pobreza absoluta recuou de 29,9% para 19,5% do total.

Na região Nordeste, houve queda de 28,8% na taxa de pobreza absoluta. Ainda assim, 49,7% da população local vivia, em 2008, com até meio salário mínimo mensal – em 1995, essa porcentagem era de 69,8%

Para acessar a matéria completa, clique no link abaixo:
http://g1.globo.com/economia-e-negocios/noticia/2010/07/em-13-anos-128-milhoes-sairam-da-pobreza-absoluta-mostra-ipea.html

terça-feira, 6 de julho de 2010

Otimismo dos consumidores continua estável

JORNAL DA MÍDIA (BA) • BRASIL • 5/7/2010 • 13:04:08

Brasília – Os consumidores brasileiros estão mais otimistas em relação à queda da inflação, à expansão da renda pessoal, à redução do endividamento pessoal e à melhoria da situação financeira do país, de acordo com o Índice Nacional de Expectativa do Consumidor (Inec) divulgado hoje (5) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).A pesquisa da CNI, realizada com 2.002 pessoas, entre 18 e 21 de junho, revela que o Inec de junho alcançou 114,6%, comparado a uma base fixa de 100 pontos. As expectativas positivas dos consumidores cresceram 4,1% em relação ao mesmo mês do ano passado, depois de quedas seguidas em março e abril deste ano, com melhora em maio e agora está 5,6% acima da média histórica de 109%.

De modo geral, o Inec se manteve estável na comparação com o mês anterior, com evolução mais significativa em relação à expectativa de queda da inflação. Posição confirmada por pesquisa do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), também divulgada hoje, segundo a qual o preço da cesta básica de alimentos caiu, no mês de junho, em 16 das 17 capitais pesquisadas.

A pesquisa mensal da CNI para colher o Inec observou melhoras quanto à redução do endividamento das famílias, em relação ao mês anterior, e com isso o indicador de renda pessoal aumentou 0,7% no mês. Houve queda, contudo, no otimismo em relação ao emprego, na comparação com maio último, mas a expectativa está 7,2% acima da de junho do ano passado.

A CNI informou que, além da queda de otimismo em relação ao emprego, a expectativa de compras de maior valor também recuou de 112,5 pontos, em maio, para 111,6 pontos em junho, depois de se manter estável nos meses de março e abril. A redução também foi acompanhada pelo indicador de compras de bens duráveis, nas mesmas proporções, mas ambos permanecem 2,7% acima dos registros de junho de 2009.

Inflação fica próxima a zero em junho

O Índice do Custo de Vida – ICV - calculado pelo DIEESE – Departamento Intersindical de Estatística e Estudo Socioeconômico - ficou em 0,02% em junho, a menor taxa desde a detectada em fev/09. Neste mês, caiu acentuadamente, apresentando diferença com relação à de maio (0,15%) da
ordem de -0,13 pontos percentuais (pp.).

Os grupos com maiores aumentos em seus valores foram: Habitação (0,98%) e Despesas Pessoais (2,88%) e quedas de preços foram observadas na Alimentação (-0,85%) e Transporte -0,45%).

A alta ocorrida na Habitação foi maior para o subgrupo da conservação do domicílio (3,28%),devido ao reajuste da mão de obra da construção civil (4,70%). A taxa da locação, impostos e condomínio (1,42%) foi conseqüência dos aumentos ocorridos em todos os seus itens: locação (1,42%); condomínio (1,06%) e impostos (2,22%); o subgrupo da operação (0,18%) pouco alterou seus valores.

O reajuste no preço do cigarro (6,46%) foi o responsável pela taxa elevada do grupo das Despesas Pessoais (2,88%), este produto respondeu sozinho com 0,11 pp. no cálculo do ICV deste mês de junho.

A queda nos preços da Alimentação (-0,85%) ocorreu nos subgrupos: produtos in natura e semielaborados (-1,56%) e nos da indústria alimentícia (-0,67%); já alimentação fora do domicílio (0,36%), foi o único subgrupo a apresentar variação positiva.

O estudo na íntegra pode ser consultado através do link: http://www.dieese.org.br/rel/rac/racjul10.xml

O ICV não é calculado para a Região Metropolitana de Campinas

quarta-feira, 23 de junho de 2010

93% das categorias conquistaram aumentos reais em 2009, revela Dieese

FEEB-PR (PR) • NOTÍCIAS • 22/6/2010

Apenas 28 categorias tiveram índices de reajuste inferiores ao da inflação. O Balanço dos Pisos Salariais Negociados em 2009 aponta ainda que 96% das negociações para reajuste de pisos salariais resultaram, no mínimo, na reposição das perdas salariais ocorridas desde a última data-base.

Apesar dos efeitos que a crise internacional impôs à economia brasileira, a partir do último trimestre de 2008, nada menos do que 590 categorias de trabalhadores - 93% do total de 635 categorias pesquisadas - conquistaram aumento real de salários nas negociações que mantiveram com as empresas no ano passado revelou, na última sexta-feira (18), o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

Apenas 28 categorias tiveram índices de reajuste inferiores ao da inflação. O Balanço dos Pisos Salariais Negociados em 2009 aponta ainda que 96% das negociações para reajuste de pisos salariais resultaram, no mínimo, na reposição das perdas salariais ocorridas desde a última data-base.

Luís Ribeiro, o técnico do Dieese responsável pela pesquisa, disse que 6% dos reajustes se deram sobre pisos salariais de até R$ 465 e outros 25% entre R$ 465 e R$ 500. A faixa de R$ 500 a R$ 600 representou 37% dos pisos reajustados. De R$ 600 a R$ 700, quase 15%. A faixa de R$ 700 a R$ 800 representou 7% dos pisos pesquisados. Negociações sobre pisos superiores a R$ 800 representaram 10% do total.

De acordo com o analista, o sucesso na maioria das negociações está diretamente ligado à conjuntura econômica de crescimento e ao aumento do número de empregos formais.

"As negociações estão conseguindo trazer para os salários esses ganhos que estão sendo vistos na sociedade".

No setor rural, que paga os salários mais baixos, 97% dos pisos salariais tiveram aumento real em 2009. Mas os maiores índices de aumento foram conquistados pelos trabalhadores nas negociações com a indústria.

O setor industrial foi o que mais concedeu aumentos reais superiores a 10%. Em contrapartida, também foi na indústria que o Dieese identificou maior perda no piso salarial.

No comércio, segundo o Dieese, houve maior concentração dos reajustes nas faixas de aumento real entre 2,01% a 6% acima da taxa de inflação. E no setor de serviços a pesquisa identificou a maior incidência de reajustes abaixo da variação do INPC, assim como a maior proporção de reajustes iguais à inflação e com aumentos reais de até 2% entre os segmentos analisados.

O Dieese ressaltou, contudo, que isso não significa que os menores pisos salariais estejam concentrados nos serviços.

Em valores absolutos, metade dos pisos ficou abaixo de R$ 540 mensais.

"Se, por um lado, é possível destacar o bom desempenho da negociação dos pisos salariais em 2009 no que diz respeito, especificamente, aos reajustes, por outro, chama atenção o fato de que os valores dos pisos ainda são fortemente referenciados pelo salário mínimo", assinala o Dieese. (Fonte: Brasília Confidencial)

terça-feira, 22 de junho de 2010

Agenda - Fórum Metropolitano do Trabalho

No dia 30 de junho será realizado em Cosmópolis mais um evento do Fórum Metropolitano do Trabalho das 9h00 às 13h00.

Serão apresentados os dados do CAGED de maio para a RMC e será feita uma aula sobre indicadores do mercado de trabalho.

A programação será divulgada em breve.

Melhor maio da série histórica do CAGED para o país: 298.041 vagas

O saldo de vagas no Brasil apresentou o melhor maio da série histórica. Foram 298.041 postos de trabalho em maio, crescimento de 0,90% no estoque de emprego. Em relação ao mês anterior, houve uma queda do saldo de 2,3% (305.068 vagas em abril) e em relação ao mesmo mês do ano anterior houve um crescimento de 126,5% (131.557 vagas). O saldo acumulado nos cinco primeiros meses do ano chegou a 1.260.368 vagas (crescimento de 3,8% do estoque no ano), em 2009 o saldo para o período havia sido de apenas 180.011 vagas. O saldo gerado nos primeiros cinco meses de 2010 já superou o total gerado ao longo de 2009 (995.110 vagas) e foi o melhor período da série histórica (19,8% acima do mesmo período de 2008, melhor resultado até então com 1.051.946 vagas). O setor que mais contribuiu para esse crescimento foi a Serviços com 86.104 vagas.

Na Região Metropolitana de Campinas foram gerados 6.651 postos de trabalho (dados de Holambra inclusos), um crescimento de 0,82% sobre o estoque de mão de obra de abril e queda do saldo de 7,1% em relação ao mês anterior (abril de 2010 com 7.161 vagas). No acumulado do ano já são 32.417 vagas, saldo bastante superior ao mesmo período de 2009 (1.935 vagas). Esse período foi o melhor da RMC desde sua criação em 2000). O destaque na RMC foi o setor de Serviços com 2.101 vagas,

Campinas acompanhou o crescimento do país apresentando saldo de 2.143 vagas (3º melhor resultado do Estado de São Paulo, ficando atrás do município de São Paulo e Matão), o que corresponde a 32,5% do total de vagas geradas na RMC. Esse número foi 306,6% superior ao resultado de maio de 2009 (527 vagas) e 25,6% superior ao saldo de abril de 2010 (1.706 vagas). Maio apresentou o segundo melhor resultado do ano. No ano já são 8.777 vagas, resultado bastante superior as 1.440 vagas do mesmo período de 2009 (509,5% de crescimento). Em apenas cinco meses, Campinas conseguiu gerar um saldo 66,6% superior ao gerado em todo o ano de 2009 (5.268 vagas). O acumulado dos cinco primeiros meses do ano foi o segundo melhor do município, perdendo apenas para 2008 (9.433 vagas).

O destaque no município foi novamente o setor de Serviços com uma geração de 1.040 postos de trabalho, 85,4% superior a maio do ano anterior e aumento de 98,5% em relação ao mês anterior (abril de 2010 com 524 vagas). O Comércio veio logo em seguida com 938 postos de trabalho, saldo 221,2% superior ao mesmo mês do ano anterior e 117,6% superior a abril de 2010 (431 vagas). As vendas do dia das mães e para a copa do mundo auxiliaram nesse resultado. A Indústria da Transformação apresentou saldo de 162 vagas, queda de 50,2% no saldo em relação ao mês anterior (325 vagas). A Construção Civil teve saldo positivo de apenas 27 vagas os demais setores apresentaram saldo negativo.

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Seminário sobre Georreferenciamento

Foi realizado ontem o seminário sobre Georreferenciamento de Informações do Mercado de Trabalho de Campinas.
O evento contou com a participação da secretária de Trabalho e Renda, Maristela Braga, Inaê Batistoni (representante do Instituto Lidas), Antonio Ibarra (coordenador do Núcleo de Produção de Informações/DIEESE) e Adriana Jungbluth (técnica do Observatório do Trabalho.
Estiveram presentes em torno de 20 pessoas, dentre gestores municipais, membros do CPAT, entre outros. Foi apresentado o sistema atual de georreferenciamento (disponível em www.campinas.sp.gpv.br/observatório) e o novo sistema de georreferenciamento que possibilitará a criação de mapas online cruzando diversas informações, além da inserção de bases de dados locais.
Este sistema será implantado em breve.
O estudo temático realizado para o seminário encontra-se no seguinte link:
http://www.bpm.org.br/index.php/por/Trabalho-e-Renda/Observatorio-do-Trabalho-de-Campinas
Não deixe de visitar!

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Ipea aponta boas perspectivas para o emprego no futuro

BLOG DA MIRIAN GASPARIN (PR) • NOTÍCIA • 15/6/2010 • 17:37:00

O mercado de trabalho metropolitano registrou bom desempenho no primeiro trimestre de 2010, com melhora significativa dos principais indicadores em comparação com igual período de 2009. A análise está no Boletim Mercado de Trabalho: Conjuntura e análise n° 43, divulgado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Segundo o boletim, há boas perspectivas para o emprego no futuro imediato.

Além da seção de análise do mercado de trabalho, o boletim traz três notas técnicas. Na primeira, são analisados analisa os principais conceitos de mercado de trabalho adotados na nova pesquisa a ser implementada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), que integrará a PNAD e a Pesquisa Mensal de Emprego (PME).

Na segunda nota técnica são apresentados os principais resultados de duas experiências da Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED), do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), no interior do Brasil. A terceira nota técnica trata da avaliação do grau de concordância ou discordância dos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), do Ministério do Trabalho e Emprego, e da PME, do IBGE.

A seção Economia solidária e políticas públicas traz as visões expressas nos documentos da primeira e da segunda edição da Conferência Nacional da Economia Solidária sobre as relações que esta forma alternativa de organização do trabalho estabelece com as estratégias de desenvolvimento do Brasil.

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Seminário: Sistema de Informações Georreferenciadas

O Mercado de Trabalho Formal em Campinas sob a Ótica do Georreferenciamento

17 de Junho de 2010
CPAT – Centro Público de Apoio ao Trabalhador – Campinas
Avenida Dr. Campos Sales, 427 - Centro
14h00 às 17h00


14h00 Abertura
Maristela Braga – Secretária de Trabalho e Renda da Prefeitura de Campinas

14h20 O que é o Sistema de Informações Georreferenciadas?
Inaê Batistoni - Representante do Instituto Lidas

14h50 A aplicação do Georreferenciamento para análise do Mercado de Trabalho
Antonio Ibarra - Coordenação do Núcleo de Produção de Informações NPI/DIEESE

15h20 Passeio pelo site de Informações Georreferenciadas do Município de Campinas e principais resultados
Adriana Jungbluth - DIEESE/Observatório do Trabalho

16h20 Debate

17h00 Encerramento

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Acesso aos estudos do Observatório do Trabalho

Para fazer o download dos estudos realizados pelo Observatório do Trabalho de Campinas, acesse: http://www.bpm.org.br/index.php/por/Trabalho-e-Renda/Observatorio-do-Trabalho-de-Campinas

terça-feira, 8 de junho de 2010

Agenda: Seminário de Georreferenciamento

NO próximo dia 17/06 (quinta-feira) às 14h00 ocorrerá mais um seminário do Observatório do Trabalho sobre o Sistema de Informações Georreferenciadas. A programação e o local serão divulgados em breve. Contamos com sua participação.

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Relatório Mensal de Maio - principais resultados

Região Metropolitana de Campinas (RMC)
- O saldo de vagas em abril na RMC foi de 7.161 vagas, resultado 2,8% superior ao verificado no mês anterior (6.964 vagas) e mais que o dobro do saldo de abril de 2009 (3.085 vagas).
- O setor que mais contribuiu para o crescimento da RMC em abril foi o setor da Indústria da Transformação com 2.075 vagas, equivalente a 29% das vagas geradas na região. Dentro desse setor, o destaque foi a Indústria do material de transporte (Fabricação de peças e acessórios para veículos automotores e Fabricação de veículos ferroviários) com vagas com 710 vagas (34,2% das vagas do setor) e a Indústria têxtil do vestuário e artefatos de tecido com 465 vagas, isto é, 22,4% das vagas.
- O setor de Serviços foi o segundo a gerar maior saldo, ficando responsável por 28,6% do total de vagas geradas na RMC. Os destaques foram Transportes e Telecomunicações e Serviços de alojamento, alimentação, reparação e manutenção.
- Os estabelecimentos com mais de 4 empregados tiveram saldo de 4.440 vagas ( 62%), enquanto os com 4 ou menos empregados tiveram apenas 2.721 vagas, tendência inversa da verificada em 2009.
- O salário médio de admissão em abril foi de R$ 974 na RMC, 19,35% superior ao salário médio de admissão no país. O município que apresentou maior salário médio de admissão na região foi Hortolândia com R$ 1.258, seguido por Jaguariúna com R$ 1.136 e por Americana R$ 1.063.
- A família ocupacional que apresentou maior saldo em abril foi a de Agentes, assistentes e auxiliares administrativos com saldo de 741 vagas (10,3% do total), seguida pela família dos Alimentadores de linhas de produção com 577 vagas.
- O saldo de homens foi de 5.262 vagas, isto é 73,5% das vagas em abril foram preenchidas exclusivamente por homens.
- Em relação à faixa etária, houve um equilíbrio na contratação de jovens até 24 anos (3.853 vagas) e de adultos de 25 a 64 ano (3.322 vagas).
- Quanto à escolaridade, quase metade das vagas (49,7%, 3.557 vagas) foram preenchidas por trabalhadores com ensino médio completo.

- Município de Campinas
- Campinas apresentou em abril o maior saldo da região com 23,8% das vagas e um saldo de 1.706 postos de trabalho.
- O setor de atividade que mais contribuiu para o crescimento do emprego em Campinas foi o setor de Serviços com 524 vagas, participação de 30,7% do total de vagas geradas no município. Dentro desse setor o destaque foi para Transportes e comunicações e Serviços de alojamento, alimentação, reparação e manutenção.
- O segundo setor que mais gerou vagas para o saldo do município foi a Construção Civil com 465 vagas e 27,3% do total das vagas. Esse saldo representou um crescimento de 45,8% em relação ao mesmo período de 2009 (319 vagas) e foi quatro vezes maior que o mês imediatamente anterior (111 vagas).
- O conjunto dos estabelecimentos com mais de quatro empregados teve saldo de 855 vagas (51,9%), enquanto os com quatro ou menos empregados tiveram 851 vagas.
- A família ocupacional que apresentou maior saldo foi a de Agentes, assistentes e auxiliares administrativos com 289 vagas (16,9% do total) e com salário médio de admissão de R$ 913 e de desligamento de R$ 930 apresentando uma relação de 98,1, isto é, o salário dos admitidos foi, em média, 1,9% inferior ao salário dos desligados.
- O saldo de vagas preenchidas por homens permanece mais elevado do que o saldo preenchido por mulheres, tendência distinta da verificada ao longo de 2009. O saldo de homens em Campinas foi de 1.323 vagas, isto é 77,5% das vagas.
- Em relação à faixa etária, o saldo de jovens com até 24 anos (1.231 vagas) foi bastante superior ao de adultos de 25 a 64 anos (483 vagas).
- Em relação escolaridade, a tendência verificada em 2009 e no primeiro trimestre de 2010, de maior saldo preenchido por pessoas com ensino médio completo, permaneceu. Percentual elevado das vagas (734 vagas, 43,0%) foi preenchido por trabalhadores com ensino médio completo
- No CPAT (Centro Público de Apoio ao Trabalhador) se inscreveram 1.463 pessoas em busca de vagas de trabalho. Uma em cada quatro pessoas que se inscreveram possuía entre 30 a 39 anos e uma em cada três pessoas era do sexo feminino. A grande maioria possuía ensino médio completo (45,9%) e estava desempregada (87,5%). O número de vagas ofertadas no mês foi de 122 vagas sendo a mais ofertada de Operador de telecobrança, seguida por Auxiliar de cozinha.

sexta-feira, 28 de maio de 2010

Curso profissionalizante amplia chances de conseguir ocupação

A Fundação Getulio Vargas (FGV) divulgou, na quarta-feira (26), em São Paulo, pesquisa realizada pelo Centro de Políticas Sociais da instituição, apontando que a chance de quem fez o ensino profissionalizante conseguir um emprego é maior do que a de quem estudou até o ensino médio. De acordo com o estudo ela chega a 48,2%.

“O que a gente mostra com esse estudo é que os retornos da educação profissional são ainda mais altos. Mesmo quando se considera o avanço que as pessoas têm com mais escolaridade formal, a educação profissional ainda dá um plus, ou seja, é um prêmio que a educação gera em termos de salário, ocupação e formalidade”, diz o coordenador da pesquisa, Marcelo Neri.

Ganhos - O trabalho também constatou que os salários daqueles que têm um curso profissionalizante são até 12,94% mais altos. Entre os setores que mais empregam, estão o automobilístico (45,71%), o de finanças (38,17%) e o de petróleo e gás (37,34%).

Fonte: Agência Brasil
www.agenciabrasil.ebc.com.br

terça-feira, 18 de maio de 2010

1º quadrimestre do ano é novo recorde histórico no país e na RMC

O saldo de vagas no Brasil cresceu pelo quarto mês consecutivo. Foram 305.068 postos de trabalho em abril, melhor resultado para o mês na série histórica do CAGED, com crescimento de 0,92% do estoque de emprego. Em relação ao mês anterior, o crescimento do saldo foi de 14,5% (266.415 vagas em março) e em relação ao mesmo mês do ano anterior foi de 187,2% (106.205 vagas). O saldo acumulado no quadrimestre chegou a 962.327 vagas (crescimento de 2,9% do estoque no ano), no primeiro quadrimestre de 2009 o saldo tinha sido de apenas 48.454 vagas. O saldo gerado apenas no primeiro quadrimestre de 2010 já é quase o saldo total gerado ao longo de 2009 (995.110 vagas). O setor que mais contribuiu para esse crescimento no país foi a Indústria da Transformação com 83.059 vagas (27,3% das vagas, isto é, a cada 4 vagas geradas no país, uma foi na indústria).

Na Região Metropolitana de Campinas foram gerados 7.151 postos de trabalho (saldo de Holambra não incluso), um crescimento de 0,88% sobre o estoque de mão de obra de março e crescimento do saldo de 3,1% em relação ao mês anterior (março de 2010 com 6.934 vagas). No acumulado do quadrimestre já são 25.747 vagas, saldo bastante superior ao 1º quadrimestre de 2009 (-259 vagas). Esse foi o melhor 1º quadrimestre da RMC da série histórica do CAGED.

O destaque da RMC foi a Indústria de Transformação com 2.096 postos, saldo bastante superior ao de abril de 2009 (-624 vagas). O setor de serviços veio em seguida com 2.049 postos, 23,9% superior a abril de 2009. O Comércio também merece destaque com saldo de 1.240 postos, confirmando a recuperação esperada para o setor no mês. O setor da Construção Civil veio em seguida com saldo de 1.168 vagas, crescimento de 36,8% em relação ao mesmo mês do ano anterior.

Campinas acompanhou o crescimento do país apresentando saldo de 1.706 vagas (9º melhor resultado do Estado de São Paulo), o que corresponde a 23,8% do total de vagas geradas na RMC. Esse número foi 135,3% superior ao resultado de abril de 2009 (725 vagas) e 26,2% inferior ao saldo de março de 2010. No quadrimestre já são 6.634 vagas, resultado bastante superior as 913 vagas do primeiro trimestre de 2009 (626,6% de crescimento). Em apenas um quadrimestre, Campinas conseguiu gerar um saldo 25,9% superior ao gerado em todo o ano de 2009 (5.268 vagas). Esse foi o segundo melhor quadrimestre do município, perdendo apenas para o 1º quadrimestre de 2008 com 8.403 vagas.

O destaque no município foi novamente o setor de Serviços com uma geração de 524 postos de trabalho, 69% superior a abril do ano anterior e queda de 66% em relação ao mês anterior (março de 2010). A Construção Civil veio logo em seguida com 465 postos de trabalho e foi o grande destaque do município, esse saldo foi 45,8% superior ao mesmo mês do ano anterior e 45,7% superior a março de 2010 (319 vagas). Esse resultado mostra que a Construção Civil voltou a se reaquecer. O Comércio veio em seguida com 431 vagas e a Indústria teve saldo de 325 vagas (216,5% em relação a abril de 2009). Administração pública e outros setores tiveram saldo negativo de 24 e 15 vagas, respectivamente.

segunda-feira, 17 de maio de 2010

DIVULGAÇÃO DOS DADOS DO CAGED DE ABRIL/2010

Data: 17/05/2010 (Segunda-feira)
Hora: 15h
Local: MTE - Esplanada dos Ministérios, Bloco F, Sala 433. Brasília - DF.

Assunto: O ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, anuncia os números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) referentes ao mês de abril de 2010.

Os dados para Campinas e Região serão divulgados em torno das 17h00. O Observatório do Trabalho enviará um Boletim Informativo com os dados divulgados. O Relatório completo de análise dos dados será divulgado na próxima semana.

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Construção civil criará 180 mil vagas em 2010, aponta Dieese

JORNAL DO COMÉRCIO (RS) • ECONOMIA • 11/5/2010 • 18:59:23

A construção civil deverá gerar um saldo de 180 mil empregos formais no País em 2010, de acordo com estimativa do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), divulgada nesta terça-feira (11). O número é pouco maior que os 177.185 novos empregos criados em 2009. Os empregos formais correspondem a apenas 28% da força de trabalho do setor, segundo o estudo da entidade a partir dos números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho.

O Dieese avalia que as perspectivas de investimentos no setor, em programas como o "Minha Casa, Minha Vida" e as obras necessárias para a Copa 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016, devem fazer com que o emprego na construção civil siga em alta. Na avaliação da entidade, os setores que receberão os maiores investimentos ao longo deste ano serão o imobiliário residencial e o energético.

"A meta é que os investimentos cresçam de R$ 476 bilhões para R$ 625 bilhões. No setor imobiliário, os investimentos deverão passar de R$ 170 bilhões (2009) para 202 bilhões. A Copa deverá injetar pelo menos R$ 155,7 bilhões na economia brasileira, conforme estudo da Fundação Getúlio Vargas", informa o estudo do Dieese. A Associação Brasileira de Engenharia Industrial (Abemi) estima que o setor da Construção será responsável pela criação de 3,5 milhões de empregos em função da Copa 2014.

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Um em cada quatro estabelecimentos na RMC possui apenas um vínculo empregatício

Foi realizado ontem pelo Observatório do Trabalho o Seminário: "A Gerãção de Emprego nos Pequenos Negócios da Região Metropolitana de Campinas".

Ao longo de 2009, foram geradas mais de 20 mil vagas de emprego nos estabelecimentos com menos de 9 vínculos empregatícios, enquanto os demais estabelecimentos tiveram saldo negativo superior a 2 mil vagas. Nos anos anteriores, a tendência de maiores contratações nos estabelecimentos menores também foi veirificada, fato que chama atenção para esses pequenos, responsáveis pela geração de vagas e pela matunção do emprego principalmente em 2009, ano que a economia sofreu com a crise internacional.

Atualmente existem na RMC em torno de 52 mil estabelecimentos dos quais 77,1%, isto é 40,5 mil, possuem até 9 empregados. Em relação ao número de empregados, 15% da mão de obra formal está empregada nesses estabelecimentos.

Esses dados mostram o quanto esses pequenos são importantes para o emprego na RMC, merecendo maior atenção dos órgãos públicos no que se refere a elaboração de políticas públicas de auxílio a esses estabelecimentos para que, além de gerarem mais vagas, essas vagas tenham, cada vez mais, maior qualidade e maior nível de remneração.

O estudo completo será encaminhado aos membros. Caso ainda não seja cadastrado para receber os relatórios e estudos do Observatório do Trabalho, enviei um e-mail para ajungbluth@dieese.org.br solicitando sua inclusão.

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Seminário - Retificação

Gostaríamos de fazer uma retificação na programação do Seminário "A Geração de Emprego nos Pequenos Negócios da Região Metropolitana de Campinas".

Ele será realizado no dia 05/05 (quarta-feira) e terá início às 9h00 (e não às 8h30 como foi informado anteriormente) no CPAT-Campinas.

Endereço:
CPAT – Centro Público de Apoio ao Trabalhador – Campinas
Avenida Dr. Campos Sales, 427 - Centro


Programação:

09h00 Abertura
Maristela Braga – Secretária Municipal de Trabalho e Renda

09h15 Painel:
A Geração de Emprego nos Pequenos Negócios da Região Metropolitana de Campinas

Apresentação:
Adriana Jungbluth – DIEESE/Observatório do Trabalho

Debatedores:
Anselmo Luis dos Santos – Professor Doutor e Pesquisador do CESIT-IE/UNICAMP
Tais Fernanda Camargo Antonio – Analista de Negócios do Sebrae (Escritório Regional Sudeste Paulista)
Laerte Martins – Observatório do Trabalho


11h30 Encerramento

Mínimo completa 70 anos valendo a metade do seu valor inicial

CÂMARA FEDERAL (DF) • ÚLTIMAS NOTÍCIAS • 30/4/2010 • 18:33:00

Neste sábado, quando completa 70 anos, o atual salário mínimo (R$ 510) vale aproximadamente a metade do que valia na data da sua criação, segundo cálculo do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

Em 1º de abril de 1940, o salário mínimo de São Paulo era de 220 mil réis, que equivalem a R$ 1.109. Apesar de ser exato, esse número é apenas uma referência. "É difícil comparar, porque o padrão de consumo era diferente. Por exemplo, muito do que se comia em casa vinha da horta no quintal", observa o supervisor técnico do Dieese no Distrito Federal, Clóvis Scherer.

Havia 14 mínimos diferentes, que variavam conforme o custo de vida de cada região, mas supostamente todos compravam as mesmas coisas. No interior do Nordeste, por exemplo, o mínimo era de 90 mil réis, enquanto o do Rio de Janeiro (o maior do País) era de 240 mil réis. O único valor atualizado pelo Dieese foi o de São Paulo.

Atualmente, 32,4 milhões de brasileiros recebem o mínimo, segundo o professor do Instituto de Economia da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) Rodolfo Hoffmann. Desse total, 18,5 milhões são aposentados e pensionistas e 13,9 milhões são empregados. Segundo o Dieese, o mínimo é referência para os rendimentos de 46 milhões de brasileiros.


Oscilações

Desde sua criação, o salário mínimo oscilou, sempre refletindo o momento político e econômico do País. Teve uma trajetória de queda nos anos de inflação alta, principalmente na década de 80, mas começou a recuperar seu poder de compra a partir do Plano Real, em 1994, e principalmente nos últimos anos. Entre abril de 2002 e janeiro de 2010, teve um aumento real (descontada a inflação) de 53,67%.


O valor de hoje é o maior desde 1986, quando o salário médio real foi de R$ 517,22. O menor valor real da história do salário mínimo foi R$ 249,56, em 1995. O maior valor real, ainda segundo o Dieese, foi em janeiro de 1959 (governo JK), quando chegou a R$ 1.612 (valor atualizado).


Política de valorização

Para evitar a volta das oscilações para baixo, a Câmara discute uma política de valorização do mínimo. A Medida Provisória 474/09, que tranca a pauta do Plenário, aumentou seu valor de R$ 465 para R$ 510 em 1º de janeiro passado. Essa MP também contém diretrizes para a política de valorização do mínimo, com base na reposição integral da inflação do ano anterior somada a um aumento real equivalente à variação anual do Produto Interno Bruto (PIBIndicador que mede a produção total de bens e serviços finais de um país, levando em conta três grupos principais: - agropecuária, formado por agricultura extrativa vegetal e pecuária; - indústria, que engloba áreas extrativa mineral, de transformação, serviços industriais de utilidade pública e construção civil; e - serviços, que incluem comércio, transporte, comunicação, serviços da administração pública e outros. A partir de uma comparação entre a produção de um ano e do anterior, encontra-se a variação anual do PIB.) registrada dois anos antes.


Segundo o texto, o Poder Executivo enviará ao Congresso até março de 2011 projeto de lei com as diretrizes de valorização do mínimo entre 2012 e 2023. O senador Paulo Paim (PT-RS) apresentou emenda à MP para vincular o aumento de aposentadorias e pensões ao reajuste do mínimo.



Próximo reajuste

Enquanto não se define a política de valorização, os deputados já se preocupam com o aumento do próximo ano. Arnaldo Faria de Sá e Paulo Pereira da Silva afirmam que não será possível levar em conta, nesse reajuste, a variação do PIB em 2009, que foi negativa (-0,2%). Os parlamentares estão negociando com o governo para que seja considerado o PIB de 2010.

sexta-feira, 30 de abril de 2010

SEMINÁRIO EM COMEMORAÇÃO AO DIA INTERNACIONAL DO TRABALHO

A Geração de Emprego nos Pequenos Negócios da Região Metropolitana de Campinas

05 de Maio de 2010
CPAT – Centro Público de Apoio ao Trabalhador – Campinas
Avenida Dr. Campos Sales, 427 - Centro
08h30 às 12h00

Programação


08h30 Café da manhã e cadastramento



09h00 Abertura
Maristela Braga – Secretária Municipal de Trabalho e Renda



09h15 Painel:

A Geração de Emprego nos Pequenos Negócios da Região Metropolitana de Campinas

Apresentação:
Adriana Jungbluth – DIEESE/Observatório do Trabalho


Debatedores:
Anselmo Luis dos Santos – Professor Doutor e Pesquisador do CESIT-IE/UNICAMP
Tais Fernanda Camargo Antonio – Analista de Negócios do Sebrae (Escritório Regional Sudeste Paulista)
Laerte Martins – Observatório do Trabalho



11h30 Encerramento


Participe!

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Crescimento esperado do desemprego

Em comportamento típico para este período do ano, a taxa de desemprego metropolitano passou de 13,0%, em fevereiro, para 13,7%, em março. Apesar do crescimento, a taxa é a menor para o mês de março, desde 1998, no conjunto das regiões acompanhadas pelo Sistema PED (Pesquisa de Emprego e Desemprego) - Distrito Federal e regiões metropolitanas de Belo Horizonte, Porto Alegre, Recife, Salvador e São Paulo. A pesquisa é realizada pelo convênio mantido entre DIEESE e Fundação Seade, com o apoio do Ministério do Trabalho e Emprego e parceria com instituições e governos regionais, e registrou ainda uma queda de 9,3% na taxa quando a comparação é feita com março de 2009, ocasião em que o desemprego correspondia a 15,1% da população economicamente ativa.

Ainda que o crescimento da PEA - que totalizou 20.190 mil pessoas, em março, nas regiões pesquisadas - tenha sido pouco expressivo no mês (11 mil pessoas incorporaram-se ao mercado de trabalho), o total de desempregados chegou a 2.767 mil, o que representa um aumento de 149 mil pessoas em relação ao mês anterior. Este incremento resultou da redução de 0,8% no nível de ocupação, com o fechamento de 137 mil postos de trabalho. Assim, o total de ocupados nas seis regiões investigadas foi estimado em 17.423 mil pessoas. Em comparação com março de 2009, porém, o total de desempregados é de 228 mil a menos e o número de ocupados de 591 mil a mais.

O fechamento de postos de trabalho é esperado no primeiro trimestre, quando são dispensados trabalhadores contratados para dar conta do aquecimento da economia habitual dos últimos meses de cada ano. Em março, a eliminação de vagas concentrou-se no setor Serviços (-115 mil ocupações) e no Comércio (- 55 mil). Por outro lado, a Indústria mostrou aquecimento, com a abertura de 31 mil postos. Também a Construção Civil teve comportamento positivo, com a criação de 21 mil empregos. A compararação em 12 meses indica um crescimento no total de ocupações de 3,5%, resultado do bom desempenho de quase todos os setores. O maior crescimento ocorreu na Construção Civil (11,6%). No Comércio o avanço foi de 5,5% e na Indústria, de 4,4%.

Apesar da redução no total de ocupados, foi mantida a geração de postos com carteira assinada no setor privado (42 mil). Nos demais segmentos, houve eliminação de vagas, como, por exemplo, para assalariados sem carteira, autônomos e empregados domésticos. Também em relação a março de 2009 o principal destaque é a expansão do total de postos com vínculo formal, que cresceu 8,4%.

O rendimento médio real dos ocupados praticamente não variou em fevereiro (-0,1%) e seu valor ficou em R$ 1.274. Para o salário médio real, houve queda de 0,7%, e ele correspondeu a R$ 1.340. Na comparação com fevereiro de 2009, tanto o rendimento dos ocupados quanto o dos assalariados registraram crescimento de 0,4%.


Comportamento das regiões

Em março, o desemprego cresceu em todas as sete regiões onde o DIEESE e a Fundação Seade, com o apoio do MTE, realizam a Pesquisa de Emprego e Desemprego. O maior incremento (7,4%) ocorreu em São Paulo, onde a taxa passou de 12,2%, em fevereiro, para 13,1%. Em 12 meses, porém, houve recuo de 12,1%, uma vez que em março de 2009, a taxa correspondia a 14,9%. Em Salvador, a taxa aumentou 5,9%, passando de 18,8% em fevereiro, para 19,9%, em março. Em comparação com o ano passado - quando a taxa foi de 20,1% - houve queda de 1,0%. Na RM de Belo Horizonte, o desemprego cresceu 5,2%, com a taxa evoluindo de 9,7% para 10,2%, na comparação entre fevereiro e março. Em março de 2009 a taxa era igual a atual. No Distrito Federal, a taxa de 14,7%, registrada em março, é 4,3% maior que a de fevereiro (14,1%) e 14,5% menor que a de março de 2009 (17,2%). Em Fortaleza, região ainda não incluída na taxa metropolitana, a taxa de desemprego alcançou 10,2%, em março contra 9,9%, em fevereiro e 12,8% de março do ano passado. A taxa de desemprego, em Porto Alegre ficou, em março, em 9,8%, 2,1% maior que a de fevereiro (9,6%) e 16,2% menor que a de março de 2009 (11,7%). Recife apresentou o menor crescimento da taxa (1,6%), em março (9,8%) comparado com fevereiro (9,6%). Em relação a março de 2009 a taxa caiu 4,9%, pois então correspondia a 20,3%.

Em março, o nível de ocupação teve variação negativa em todas as regiões pesquisadas. Em Salvador, a queda foi de 1,3%; em São Paulo, de 0,9%; em Fortaleza, de 0,7%; em Belo Horizonte, de 0,6%; no Distrito Federal, de 0,6% e em Porto Alegre houve retração de 0,4%. Em Recife foi apurada relativa estabilidade (-0,1%). Na comparação anual, todas as regiões apresentaram desempenho positivo: Distrito Federal, alta de 6,1%; Fortaleza, 5,9%; Recife, 4,4%; São Paulo, 3,8%; Salvador, 2,4%; Belo Horizonte, 2,3% e Porto Alegre, 2,1%.

O rendimento médio real dos ocupados teve comportamento diferenciado nas regiões pesquisadas, em fevereiro comparado com janeiro. No Distrito Federal, houve redução de 1,6%, com seu valor passando a R$ 1.811. Também em São Paulo, ocorreu queda, neste caso de 0,6%, e o valor médio correspondeu a R$ 1.309. O mesmo recuo foi verificado em Belo Horizonte, com seu valor ficando em R$ 1.295. Em Salvador houve relativa estabilidade (-0,1%) e seu valor foi de R$ 1.024. Recife apresentou crescimento de 2,9%, com o valor médio chegando a R$ 841; em Porto Alegre o aumento foi de 2,7%, passando a equivaler, em média, a R$ 1.267; e em Fortaleza, houve incremento de 2,2%, e passou a corresponder a R$ 795. Também em 12 meses o comportamento do rendimento médio real foi diferenciado, com elevação em Recife (5,9%), Belo Horizonte (3,4%), Salvador (2,1%) e Porto Alegre (2,0%). Por outro lado, houve queda no Distrito Federal (-6,4%) e em Fortaleza (-1,2%) e relativa estabilidade em São Paulo (-0,2%).


Infelizmente, essa Pesquisa ainda não é realizada na Região Metropolitana de Campinas, portanto, não existem dados disponíveis para a região.

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Emprego com carteira já passa de 50%

O Estado de S. Paulo - 26/04/2010

Raquel Landim

Décimo terceiro salário, férias remuneradas, fundo de garantia e aposentadoria não são mais privilégios de uma minoria de brasileiros. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelam que, pela primeira vez em 16 anos, metade dos trabalhadores das metrópoles do País tem a carteira assinada pelas empresas do setor privado.

A fatia de contratados em regime de CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) atingiu 50,3% do total de ocupados em janeiro e 50,7% em fevereiro, conforme o IBGE. A informalidade nas metrópoles está em um de seus níveis mais baixos: 36,7% dos ocupados (18,1% trabalham sem carteira assinada e 18,6% por conta própria). Em fevereiro, os empresários respondiam por 4,5% do total, militares e funcionários públicos por 7,5%.

É a primeira vez que o setor privado emprega com registro metade dos trabalhadores das grandes cidades desde março de 1994, quando a abertura da economia, o câmbio valorizado, e a expansão dos serviços fechavam vagas nas indústrias. Em números absolutos, significa 11 milhões de pessoas com carteira assinada nas grandes cidades.

O resultado de março será divulgado na quinta-feira. Para analistas, a previsão é de alta comparado aos 49,3% de vagas formais de março de 2009. A tendência de avanço da fatia de trabalhadores com carteira é consistente. Em março de 2004, respondia por 43,9% dos ocupados, saltou para 45,7% em março de 2006, 48,3% em março de 2008.

"A formalização do trabalho e a recuperação dos salários demonstram como o Brasil saiu rápido da crise", disse o secretário-geral da Confederação Única de Trabalhadores (CUT), Quintino Severo. Para o economista da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Flávio Castelo Branco, "é um círculo virtuoso, porque a expansão da economia gera mais formalização, que volta a alimentar o crescimento."

Segundo especialistas, vários motivos explicam a disposição das empresas em assinar a carteira do trabalhador, apesar do peso dos impostos. O principal é o crescimento da economia, mas também influenciam inflação controlada (que traz previsibilidade), expansão do crédito (os investidores exigem o cumprimento das leis antes de colocar dinheiro em uma empresa) e maior fiscalização.

Desafios. Apesar dos avanços, quase 8 milhões de pessoas tem um emprego precário nas metrópoles do País, segundo o IBGE. No interior, esse número se multiplica, porque as cidades concentram o emprego formal. Na agricultura, a produção de subsistência é quase toda informal. Entre as 6,5 milhões de empregadas domésticas brasileiras, apenas 1,5 milhão tem carteira assinada. Muitas pequenas e médias empresas trabalham na informalidade, porque não conseguem pagar os impostos e encargos sociais que fazem um trabalhador custar para a empresa o dobro do seu salário.

Convite

Em comemoração ao dia do Trabalho, a Secretaria Municipal de Trabalho e Renda de Campinas está organizando uma semana especial de eventos ligados ao trabalho.
No dia 05/05 a partir das 8h30, o Observatório do Trabalho realizará o Seminário "A Geração de Emprego nos Pequenos Negócios da Região Metropolitana de Campinas".
A agenda completa e mais detalhes do Seminário serão disponibilizados em breve.

quinta-feira, 22 de abril de 2010

A volta do investimento

Júlio Gomes de Almeida - Professor de Economia da Unicamp
16/04/10 07:13
http://www.brasileconomico.com.br/noticias/a-volta-do-investimento_80768.html

A crise interrompeu um ciclo de investimentos que se desenvolvia no Brasil. Mas, na medida em que seus efeitos foram controlados, não foi removida a perspectiva favorável que nutre a decisão de investir, vale dizer, a expectativa de um mercado em expansão que torna possível ao empresário antecipar uma atrativa rentabilidade do capital.

Por isso, assim que a economia mostrou sinais de que deixava o pior para trás, a disposição de apostar no futuro reapareceu e a "febre" de novos projetos foi revivida.

O risco de interrupção de um processo como esse que é difícil de ser desencadeado deveria merecer avaliação cuidadosa pelo governo antes de voltar a elevar a taxa de juros.

No setor industrial o retorno ao investimento é generalizado e, a despeito do forte aumento da demanda, já se mostra capaz de estabilizar a utilização da capacidade produtiva em um nível confortável como 84%.

A Fiesp divulgou nessa semana o resultado de um levantamento sobre a intenção de investir da indústria em 2010. Apurou um aumento de 26% sobre o ano anterior. Antes, uma pesquisa da CNI mostrou basicamente o
mesmo, ou seja, que o investimento está em franca aceleração.

Isso pode assegurar o atendimento da demanda sem pressões sobre os preços e, simultaneamente, confere atratividade a novos investimentos que irão agregar capacidade de produção à economia. Em outros setores, como infraestrutura e habitação, é também muito significativa e disseminada a disposição de investir.

Mas, dada a virtual ausência de crédito de longo prazo no sistema bancário do país e as limitações do mercado doméstico de ações e de títulos corporativos, o presente ciclo de inversões pode esbarrar em limitações do
financiamento.

As operações do BNDES e do sistema de poupança vêm preenchendo parcialmente a lacuna do financiamento doméstico e, por isso, são absolutamente indispensáveis, mas podem não ser suficientes quando há uma grande evolução das inversões e consequente aumento da demanda por recursos de longo prazo.

O BNDES vem suprindo as maiores necessidades de fundos mediante uma grande colocação de títulos de dívida pública que talvez encontre um limite proximamente. No caso da habitação, o sistema em vigor se beneficiou da maior captação de depósitos de poupança durante o período de crise, mas esse impulso pode perder força, enquanto a demanda de financiamento do setor pode vir a crescer ainda mais.

Em suma, reduzir de modo significativo a escassez de fundos de longo prazo é condição importante para que o ciclo de investimentos tenha sequência.
Existem lacunas nesse ciclo que precisam ser apontadas, por exemplo, na exportação e na inovação.

No primeiro caso, o câmbio valorizado e outros fatores elevam o custo de produção no país e impedem que decolem os projetos da área; no segundo, os investimentos irão aumentar à medida que o crescimento econômico mostre maior sustentação, mas incentivos mais eficazes poderiam ajudar a antecipá-los.


Julio Gomes de Almeida é professor de economia da Unicamp e ex-secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda.

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Mão de obra pressiona custo das empresas

Valor Econômico - 19/04/2010
João Villaverde e Sergio Lamucci, de São Paulo

Os salários estão em alta e a demanda por mão de obra não para de crescer. A rotatividade no mercado de trabalho, tradicional instrumento de redução de custos com funcionários de salários mais altos, perde eficácia. Graças à intensa procura por trabalhadores, os salários estão subindo para níveis cada vez mais elevados. Os contratados com carteira assinada em fevereiro receberam o equivalente a 97% do salário dos demitidos - o segundo maior nível da década, inferior apenas aos 98% atingidos em janeiro de 2008, segundo estudo da LCA Consultores.

Com o aumento da demanda dos empresários por mão de obra para ampliar a produção e os negócios, os sindicatos ganham musculatura e fortalecem seu poder de barganha nas empresas, diz o economista Fábio Romão, da LCA. Em momentos de aquecimento do mercado de trabalho, estreita-se a diferença entre os salários dos demitidos e contratados, como agora. A melhora ocorreu especialmente a partir do segundo semestre do ano passado. Em junho de 2009, num momento em que o mercado de trabalho ainda patinava, a remuneração dos admitidos caiu a 86% do valor da que era obtida pelos desligados.

Para Romão, a alta na remuneração se deve principalmente a um movimento rápido de recomposição da mão de obra na indústria, que paga salários mais elevados que os outros setores. Ele acredita que a indústria pode zerar os postos de trabalho perdidos na crise agora em abril, gerando saldo líquido superior a 90 mil vagas. Em março, a indústria criou 75,5 mil empregos formais.

A aceleração do movimento de procura por força de trabalho começa a esbarrar em gargalos. Há pressões em setores-chaves da recente retomada econômica, como a construção civil. No Rio de Janeiro, segundo o sindicato da categoria, os trabalhadores conquistaram no mês passado reajuste nominal entre 8,99% e 10,86%. Nos 12 meses até março, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) acumulou alta de 5,3%.

Em São Paulo, o reajuste poderá ser ainda maior. O sindicato dos trabalhadores no Estado negocia proposta de reajuste de 10% acima da inflação. " Há uma guerra entre as empreiteiras, que lutam pelos mesmos pedreiros e mestres de obras. Os trabalhadores estão ganhando sempre. Nem durante os anos 70, quando havia muita demanda devido à política industrial do Estado, vimos situação parecida " , diz Antônio Ramalho, presidente do sindicato.

O vice-presidente de relações capital trabalho do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (Sinduscon-SP), Haruo Ishikawa, adota um discurso cauteloso, preferindo não dizer qual percentual de aumento considera factível para os trabalhadores do setor, por estar na mesa de negociação. " É necessário ter os pés no chão " , diz ele, observando que insumos importantes como o aço têm subido de preço. O longo período de estagnação do setor, que durou até 2004, deixou como herança a escassez de mão de obra mais qualificada, diz Ishikawa. Segundo ele, o setor tem um convênio com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) para qualificar 60 mil trabalhadores neste ano em São Paulo. " E o setor está acostumado a qualificar trabalhadores nos canteiros de obras. "

O economista Fábio Ramos, da Quest Investimentos, destaca a alta dos salários na construção civil. Nos 12 meses até abril, o custo da mão de obra subiu 9,71%, segundo o Índice Nacional do Custo da Construção - 10 (INCC-10). É a maior alta nessa base de comparação desde julho de 2004. Ramos ressalta que a criação de empregos formais em março foi disseminada por todos os setores. A construção foi bem, com a geração de 38,6 mil vagas, mas o grande destaque foi o setor de serviços, com 112,5 mil postos. Os juros baixos para padrões brasileiros e a expectativa de forte crescimento são importantes para explicar a atual força do mercado de trabalho, diz Ramos.

Segundo Clemente Ganz Lúcio, diretor-técnico do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Sócio-Econômicos (Dieese), os acordos com reajustes reais devem superar o recorde atingido em 2009. No ano passado, segundo levantamento do Dieese, o equivalente a 79,9% dos sindicatos de trabalhadores conquistaram acordos salariais superiores a inflação. " O ambiente é extremamente favorável às negociações. O país está crescendo de maneira diversificada, todos os setores estão demandando mão de obra, ampliando investimentos e se apoiando no mercado interno, que se fortalece justamente com a melhora do emprego e dos salários " , afirma.

A melhora na remuneração convive com o aumento da formalização, observa Romão. Para o economista, esse movimento duplo facilita o acesso do trabalhador a linhas de crédito, aumentando, portanto, seu poder de compra. A aceleração do consumo, por outro lado, já tem se refletido em aumento de preços (ver abaixo).

As pressões são mais evidentes na construção civil, mas também começam a aparecer em outros setores. Na indústria elétrica e eletrônica já há relatos de falta de mão de obra qualificada, segundo o gerente de economia da Abinee (a associação que reúne as empresas do setor), Luiz Cezar Elias Rochel. Segundo ele, a escassez de profissionais qualificados vai " do chão de fábrica até os níveis executivos " . O ponto é que mesmo no caso dos profissionais que atuam no chão de fábrica há exigência de qualificação, segundo ele.

Na indústria eletrônica, há necessidade de conhecimento para lidar com equipamentos computadorizados, por exemplo. " Começa a ocorrer uma disputa entre as empresas por trabalhadores mais qualificados " , afirma. Não são pressões de custos generalizadas, como no caso de um dissídio elevado, muito acima da inflação, mas de todo modo há um impacto, ainda que mais localizado. O número de trabalhadores no setor, que era de 165 mil trabalhadores em outubro de 2008 e caiu para 155 mil em maio de 2009, por conta do impacto da crise, voltou a 165 mil em fevereiro, diz Rochel.

Na indústria têxtil também começa a haver escassez de mão de obra qualificada em lugares como São Paulo e Santa Catarina, segundo o diretor-superintendente da Abit (a associação do setor), Fernando Pimentel. Ele diz que a questão do custo de mão de obra preocupa o segmento, que já enfrenta a forte concorrência dos asiáticos, facilitada pelo câmbio valorizado. Nesse cenário, ele considera importante que as negociações salariais sejam conduzidas com cautela, para não haver aumentos de custos muito pesados.

" A aceleração da economia pode e deve ser usada em mesas de negociação para aumentar salários " , diz Artur Henrique, presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), que congrega quase 7 milhões de trabalhadores. " Se num ano de crise disputávamos 1% ou 2% de aumento real, podemos conseguir mais num ano de alta forte do PIB. "

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Emprego cresce novamente em Campinas e Região

O saldo de vagas no Brasil cresceu pelo terceiro mês consecutivo, apresentando em março 266.415 postos de trabalho, melhor resultado para o mês na série histórica do CAGED, com crescimento de 0,81% do estoque de emprego. Em relação ao mês anterior, o crescimento do saldo foi de 27,2% (209.425 vagas) e em relação ao mesmo mês do ano anterior foi de 665,2% (34.818 vagas). O saldo acumulado no trimestre chegou a 657.259 vagas (crescimento de 1,99% do estoque), no primeiro trimestre de 2009 o saldo tinha sido negativo em mais de 57 mil vagas.

Na Região Metropolitana de Campinas foram gerados 6.934 postos de trabalho, um crescimento de 0,68% sobre o estoque de mão de obra e 24% em relação ao mês anterior (fevereiro de 2010). No acumulado do trimestre já são 18.596 vagas, saldo 662,5% acima do mesmo trimestre do ano anterior.
O setor de serviços destacou-se com a geração de 3.482 postos, cerca de 137% superior a março de 2009 e 26,7% em relação ao mês anterior. Em seguida vem a Indústria com 1.668 postos, saldo 157,7% superior ao de março de 2009. O setor de Construção Civil apresentou um saldo de 640 vagas, com uma leve queda de 27,2% em relação ao mesmo mês do ano anterior, mas 36,4% acima de fevereiro de 2010. O Comércio também merece destaque com saldo de 462 postos, confirmando a recuperação esperada para o setor no mês, que historicamente apresenta saldo negativo nos dois primeiros meses do ano.

O resultado de Campinas acompanhou o crescimento do país e da Região Metropolitana apresentando saldo de 2.313 vagas, o que corresponde a 33,4% do total de vagas geradas na RMC. Esse número foi 476,8% superior ao resultado de março de 2009 e 91,3% superior ao saldo de fevereiro de 2010. No trimestre já são 4.928 vagas, resultado bastante superior as 188 vagas do primeiro trimestre de 2009.

O destaque foi novamente o setor de Serviços com uma geração de 1.546 postos, 125,7% superior a março do ano anterior e 53,7% em relação a fevereiro. A Indústria veio em seguida com 354 vagas e já acumulou 1.567 vagas no ano, mostrando a recuperação do segmento que mais perdeu vagas com o efeito da crise. O setor de Comércio teve saldo de 206 vagas, mostrando a recuperação esperada para o setor no mês em questão. A Construção Civil, que teve baixo desempenho no primeiro bimestre do ano, apresentou saldo de 111 vagas, indicando que o setor está novamente se aquecendo.

O resultado de março de 2010 foi o segundo maior para Campinas desde 2004 e o melhor da Região Metropolitana.

terça-feira, 6 de abril de 2010

Brasil manteve nível salarial em 2009, apesar da crise, segundo Dieese

AGÊNCIA DIAP (DF) • NOTÍCIAS • 5/4/2010 • 03:43:00

O Brasil conseguiu manter a massa salarial e o nível do emprego ao longo da crise financeira de 2009, em relação a 2008. A avaliação foi feita pelo coordenador regional do Departamento Intersindical de Estatística e Estudo (Dieese), Renato Lima.

Para ele, a decisão do governo federal de adotar uma política semelhante a que reivindicavam os sindicatos - com redução de impostos em áreas vitais para a economia - possibilitou o aumento do emprego em alguns setores, como a construção civil, o que, em parte, compensou o baixo rendimento e o desemprego gerado no segmento industrial.

"No cômputo geral, mesmo com o impacto da crise, a economia interna, dos próprios brasileiros, por meio da circulação de mercadoria e salários, diluiu o impacto maior provocado pela crise - o que não aconteceu nos outros países. Nesses países, que optaram pela continuação da política neoliberal de estrangulamento do crédito, os mercados internos não conseguiram dar pujança e obter resposta".

As declarações do coordenador regional do Dieese foram dadas à Agência Brasil em reunião realizada esta semana, no Rio de Janeiro, durante a 4ª Jornada Nacional de Debates, a Redução da Jornada de Trabalho e as Perspectivas para 2010.

O encontro reuniu centrais sindicais de todo País. A ideia era fazer um balanço e uma avaliação mais precisa sobre as negociações do acordo coletivo em 2009, em relação às metas pré-fixadas e às projeções do emprego e da renda para 2010.

"O debate vem demonstrando - por meio de uma série de estudos estatísticos, qualitativos e quantitativos - que no ano passado nós tivemos, diferentemente dos anos anteriores, um ano com características recessivas dado o impacto que teve, também aqui no Brasil, a crise financeira internacional - especificamente no setor industrial. A conclusão é que, mesmo com a crise, o movimento sindical conseguiu manter os níveis salariais e o nível de crescimento do emprego - uma vez que a queda foi muito pequena e ainda assim localizada".

"Por outro lado, o movimento sindical brigou muito pela valorização do salário mínimo e isto repercutiu em toda a cadeia da economia, pois mesmo as categorias que não o recebem [o salário mínimo] tiveram seus rendimentos valorizados e puxados para cima".

Para Lima, programas de transferência de renda do governo federal, como o Bolsa Família, também ajudaram na manutenção da demanda do mercado interno.

"O equilíbrio foi dado pelo aumento do consumo interno, que, incentivado pelos programas de transferência de renda, como o Bolsa Família, e pela retirada de impostos de alguns produtos, ajudou o país e o trabalhador a ultrapassar este período turbulento da economia mundial". (Fonte: Agência Brasil)

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Geração de empregos no Brasil está no patamar de países ricos

BRASIL ECONÔMICO ONLINE (SP) • ÚLTIMAS NOTÍCIAS • 30/3/2010 • 22:23:21

O Brasil deve terminar o ano com um saldo de 2 milhões de novos empregos com carteira assinada. Essa é a projeção de economistas ouvidos pelo Brasil Econômico, com base nos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Se confirmado, o resultado será o maior da série histórica iniciada em 1992.

Na projeção do professor do Instituto de Economia da Unicamp, Cláudio Dedecca, o cenário de crescimento econômico aponta para a criação de no mínimo 2 milhões de empregos formais neste ano.

"Um crescimento de 5% do Produto Interno Bruto (PIB) pode induzir a geração de 2 milhões de empregos formais. Caso a economia cresça 6%, é provável que tenhamos até 2,5 milhões de novas contratações", diz.

Com a melhora do cenário, a taxa de desemprego pode chegar ao menor patamar em 20 anos, de acordo com o diretor-técnico do Departamento Intersindical de Estudos Socioeconômicos (Dieese), Clemente Lúcio Ganz. "A taxa de desemprego aberto, que hoje está em 7,4% pode chegar a 6,5% no fim do ano", diz.


Acima da média

O volume de empregos a ser gerado neste ano também fica próximo à média de postos de trabalho criados por economias maiores e mais desenvolvidas nos seus mais recentes períodos de bonança, de acordo com levantamento do economista-chefe do banco Banif, Mauro Schneider.

De acordo com o estudo, a média anual de geração de empregos de 2003 a 2007 nos Estados Unidos foi de 1,9 milhão. No mesmo período, a Zona do Euro teve saldo positivo de 2 milhões de vagas por ano.

Segundo Schneider, a comparação mostra o quão expressiva é a recuperação da economia brasileira, já que se aproxima ao nível de economias com uma população economicamente ativa maior.

Nos EUA e na Zona do Euro, essa população, que indica o total com que pode contar o setor produtivo, é de cerca de 150 milhões. No Brasil essa população chega a 100 milhões de pessoas. "Isso significa uma geração de empregos que equivale a 2% do total da população economicamente ativa", diz.

Segundo ele, o Brasil passou por uma surpreendente rapidez na geração de novos empregos. "O nível de emprego se recuperou com a mesma velocidade com que caiu", diz. Essa velocidade na recuperação dos empregos, no entanto, deve ser reduzida após 2010.

"O principal elemento para que as contratações continuem a crescer é a confiança do empresariado na perspectiva do médio prazo", explica.

O dinamismo da economia brasileira anterior à crise foi o que favoreceu a recuperação rápida dos empregos perdidos durante a turbulência econômica, na opinião de Ganz, do Dieese.

"Diferentemente dos anos anteriores, a crise internacional pegou o Brasil mas não estava presente nele. Por ter uma situação econômica favorável, com superávit comercial, equilíbrio nas contas públicas e sistema bancário relativamente bem regulado, o Brasil foi menos impactado", diz.

segunda-feira, 29 de março de 2010

Convite: Inauguração - CPAT Unidade Ouro Verde

A Prefeitura Municipal de Campinas, por meio da Secretaria de Trabalho e Renda em parceria com o Ministério do Trabalho e Emprego têm a honra de convidar Vossa Senhoria para a inauguração do CPAT, Centro Público de Apoio ao Trabalhador - Agência Ouro Verde, com a presença do Excelentíssimo Senhor Prefeito de Campinas, Dr. Hélio de Oliveira Santos.

Data: 31 de março de 2010 (Quarta-feira)
Horário: 15h00
Local: Armando Frederico Righanetti, nº 61 piso superior Box 12 Terminal e Horto Shopping Ouro Verde

sexta-feira, 26 de março de 2010

Convite: FÓRUM METROPOLITANO DO TRABALHO DA RMC

XI ENCONTRO – JAGUARIÚNA - Dia 31 de Março de 2010

Início: 8h30 (credenciamento) – 11h30 (previsão de encerramento)

Local: Auditório da Secretaria Municipal de Relações do Trabalho – Rua Coronel Amâncio Bueno, 810 – Centro – Referência atrás da Matriz Nova – Jaguariúna SP (Mapa Anexo)


09h00 Abertura – Prefeito Gustavo Reis - Presidente do Conselho de Desenvolvimento da RMC

Palestra: Balanço das ações na RMC em Relação ao Trabalho e ao Emprego e Perspectivas.

09h45 - Apresentação de Programas de Geração de Renda de Juaguariúna – Secretário de Relações do Trabalho Afonso Lopes Silva.

10h15 - Discussão dos temas:
Divulgação e análise dos dados do Caged de Fevereiro/2010
Apresentação do Sistema de Georreferenciamento do Município de Campinas
Adriana Jungbluth - DIEESE / Observatório do Trabalho


11h00 - Informes, cronograma dos próximos estruturação e eventos do Fórum Metropolitano da RMC do Trabalho - Coordenação: Sebastião Arcanjo - Secretário de Trabalho e Renda da Prefeitura Municipal de Campinas.


Gustavo Reis

Prefeito Municipal de Jaguariúna

terça-feira, 23 de março de 2010

Convite: 1ª Conferência Regional de Economia Solidária

Pelo direito de produzir e viver em cooperação de maneira sustentável

30 de março - 8h30 às 17h
Local: Espaço Cidadania
Av. Ipiranga, 151, Centro - Várzea Paulista

Informações: (11) 4596-9660
solidaria@varzeapaulista.cp.gov.br

quinta-feira, 18 de março de 2010

Dados de fevereiro reafirmam tendência de crescimento do emprego

Foram divulgados ontem (17/03) os dados do CAGED/MTE de fevereiro e novo recorde foi alcançado: este foi o melhor fevereiro dos últimos 22 anos com saldo de 209.425 mil vagas com carteira assinada, um incremento de 0,63% no estoque de empregos. Esse resultado foi bastante distinto do verificado em fevereiro de 2009 quando apenas 9.179 vagas haviam sido geradas.

O saldo de vagas em 2010 (janeiro e fevereiro) já acumulou 390.844 vagas, resultado melhor que o mesmo período de 2007 (253.487 vagas) e de 2008 (347.884 vagas). Com esses resultados, a expectativa é de que o emprego no ano seja melhor que 2008, e melhor até que 2007 que foi o ano com maior crescimento do emprego na década. Se esse comportamento continuar nos próximos meses, as tão esperadas vagas (dois milhões segundo o Ministro Luppi) serão certamente atingidas, podendo inclusive ser ultrapassadas.

Em janeiro o setor que liderou o saldo de vagas havia sido a Indústria. Em fevereiro, o setor de Serviços voltou a liderar o ranking de vagas com 85.607 vagas (crescimento de 1,09%). A indústria veio logo em seguida com 63.024. A Construção Civil veio depois com 34.725 vagas.

A Região Metropolitana também teve desempenho positivo com saldo de 5.604 vagas (expansão de 0,69% no estoque), resultado bastante superior ao saldo de - 768 vagas no mesmo período do ano anterior. No ano, já são 11.645 vagas. Esse valor é igual a 37% do saldo total obtido em 2008, ou seja, até o final do ano a RMC deverá apresentar um resultado superior as 31.555 vagas geradas em 2008.

Campinas não ficou atrás e também apresentou saldo positivo em fevereiro. Foram 1.206 vagas (expansão de 0,35% no estoque), resultado um pouco inferior ao obtido e janeiro, mas bastante superior ao mesmo período do ano anterior (564 vagas). O setor com maior destaque foi, mais uma vez, Serviços com 1.006 vagas seguido pela Indústria com 436 vagas. O Comércio apresentou saldo negativo de 364 vagas, resultado esperado para o início do ano ao decorrente da desaceleração das vendas.

Até o final do mês, enviaremos o relatório completo com os dados e a análise do mês de fevereiro. Caso ainda não receba nossos informativos e estudos e deseje receber, escreva para o observatoriodotrabalhocampinas@gmail.com

sexta-feira, 12 de março de 2010

Convite: II CONFERENCIA METROPOLITANA DE ECONOMIA SOLIDÁRIA

PELO DIREITO DE PRODUZIR E VIVER EM COOPERAÇÃO DE MANEIRA SUSTENTÁVEL


Aos Companheiros/as e Apoiadores do Movimento de Economia Popular Solidária da Região Metropolitana,


Nos dias 25, 26 e 27 de março será realizada em Belo Horizonte a II CONFERENCIA METROPOLITANA DE ECONOMIA SOLIDÁRIA, com o objetivo de debater, no nível local, o direito às formas de organização econômica baseadas no trabalho associado, na propriedade coletiva, na cooperação e na autogestão, reafirmando a Economia Solidária com estratégia e política de desenvolvimento. Além disso a II Conferência elegerá os delegados que representarão a Região Metropolitana na II Conferência Estadual de Economia Solidária.


Serão 105 participantes/vagas, distribuídos da seguinte forma:

*

53 representantes de empreendimentos (1 pessoa por empreendimento ).
*

26 representantes de entidades de assessoria e fomento
*

26 representantes de gestores públicos


As inscrições poderão ser feitas no período de 08 a 19 de março de 2010, de 09 as 17:00h, pessoalmente, por fax.


Formas de inscrição:

1 – Enviando a Ficha de Inscrição preenchida para o e-mail luizinho.mes@hotmail.com

2 - Enviando a Ficha de Inscrição preenchida para o Fax 3277-9830

3- Informando os dados pessoais pelo telefone 3277-9830 ( falar com Thayná ou Gustavo)

4 – Pessoalmente, no Centro Público de Economia Solidária de BH.

FICHA DE INSCRIÇÃO EM ANEXO

O local da II Conferencia da RMBH será informado posteriormente.

INCREVA-SE !

SUA PARTICIPAÇÃO É FUNDAMENTAL!

SAUDAÇÕES ECONOSOLIDÁRIAS,

terça-feira, 9 de março de 2010

Convite: Aniversário de 7 Anos do Banco Popular da Mulher

Data: 18/03/2010
Local: CPAT - Centro Público de Apoio ao Trabalhador
Endereço: Av. Campos Sales, 427, Centro - Campinas

Programação:

8h00 Café da Manhã

9h00 Abertura

10h00 7 anos de Microcrédito em Campinas - Maristela Braga (Gerente Executiva do Banco Popular da Mulher)

10h20 Perfil dos Créditos Concedidos pelo Banco Popular da Mulher - Eliane Rosandiski (Profª do Centro de Economia e Administração da PUCC)

10h40 Georreferenciamento do Microcrédito do Banco Popular da Mulher de Campinas - Adriana Jungbluth (Observatório do Trabalho da Secretaria Municipal de Trabalho e Renda)

11h20 Debate

12h30 Encerramento

Durante a Programação haverá exposição dos trabalhos de alguns empreendedores clientes do Banco Popular da Mulher.

sexta-feira, 5 de março de 2010

Saldo de vagas em 2009 foi maior para mulheres

Em celebração ao Dia Internacional da Mulher, comemorado no dia 8 de março, a Secretaria Municipal de Trabalho e Renda de Campinas, através do Observatório do Trabalho, elaborou um Estudo Especial sobre a participação das mulheres no mercado de trabalho formal da RMC.

Constatou-se que em 2009, ano marcado pelos reflexos da crise financeira internacional, o saldo de vagas (admitidos menos desligados) foi maior para as mulheres. Na RMC, 58,6% do saldo foi de mulheres (o estoque de mão-de-obra em 2008 foi de 40,2% de mulheres), em Campinas esse percentual foi ainda maior: 76,9%. Embora esse resultado indique um melhor resultado para as mulheres, é necessário explorá-lo mais.

É possível apontar pelo menos um importante fator que contribuiu para uma maior participação da mulher no saldo do mercado de trabalho formal em 2009:

- questão setorial: a Indústria de Transformação foi o setor que mais sofreu os impactos da crise e tem como uma de suas características fundamentais a maior presença de trabalhadores do sexo masculino entre os seus empregados. Por outro lado, em 2009, o setor de Serviços, que tem em sua composição uma maior proporção de mulheres entre os empregados, apresentou melhor resultado no ano. Desse modo, era de se esperar que as mulheres apresentassem um melhor desempenho no saldo de vagas em relação aos homens.

O aumento da participação das mulheres no saldo de vagas ao longo de 2009 é um fato importante para a maior incorporação delas ao mercado de trabalho na RMC. Entretanto, como foi visto ao longo do estudo, essa maior participação decorreu de questões relacionadas aos reflexos da crise financeira e, portanto, tal resultado pode não se repetir em 2010.

O estudo completo será disponibilizado na página do Observatório do Trabalho (http://www.campinas.sp.gov.br/observatorio/) e na página do Banco Popular da Mulher (http://www.bpm.org.br) na próxima semana.

quarta-feira, 3 de março de 2010

Construção Civil tem destaque no saldo de vagas em 2009

A crise internacional trouxe consigo impactos não desprezíveis sobre a economia brasileira, a exemplo de uma acentuada desaceleração da atividade econômica. Entretanto, ao longo de 2009, um conjunto de medidas governamentais para estimular a economia auxiliou a sustentação e até mesmo permitiu a ampliação do nível ocupacional em diversos setores da atividade econômica, em especial na Construção Civil.

O aumento da oferta de crédito por intermédio dos bancos públicos, as isenções fiscais sobre materiais de construção e os investimentos públicos em infraestrutura e em habitação popular são exemplos de medidas que beneficiaram o segmento da Construção Civil em 2009.

A crise internacional que atingiu o centro capitalista no final de 2008 e generalizou-se rapidamente pela economia mundial teve impacto negativo na economia brasileira, em 2009. Os primeiros meses do ano passado foram especialmente adversos, marcados por retração da atividade econômica, forte queda do crédito, adiamentos das decisões de investimentos empresariais e elevação das taxas de desemprego.

No entanto, a partir do segundo trimestre do ano passado, o País iniciou um processo de retomada do crescimento econômico, com reflexos positivos sobre o mercado de trabalho. Ainda assim, as estimativas apontam para um crescimento próximo de zero do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 2009.

Além das medidas fiscais e de investimento, já mencionadas, foram também importantes para a recuperação da atividade econômica o crescimento real dos salários de base da economia e a expansão dos programas de transferência de renda para a sustentação da demanda agregada.

A Construção Civil, em particular, após uma relativa paralisia no começo de 2009, foi paulatinamente recuperando o dinamismo econômico verificado no período anterior à crise. O aumento das vendas e dos lançamentos de novos empreendimentos imobiliários ilustra bem a recuperação do setor, assim como a geração crescente de postos de trabalho.

Na Região Metropolitana de Campinas, o desempenho do setor da Construção Civil também se destacou. Foram 5.709 vagas (32% das 17.780 postos de trabalho acumulados no ano), segundo setor que mais gerou vagas na região, perdendo apenas para Serviços (9.045 vagas).

O Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) elaborou um estudo específico sobre a questão do trabalho na construção civil nas principais regiões metropolitanas do país.

Ele pode ser acessado através do seguinte link:
http://www.dieese.org.br/esp/boletimConstrucaoCivil0310.pdf