Blog do Observatório do Trabalho


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quarta-feira, 23 de junho de 2010

93% das categorias conquistaram aumentos reais em 2009, revela Dieese

FEEB-PR (PR) • NOTÍCIAS • 22/6/2010

Apenas 28 categorias tiveram índices de reajuste inferiores ao da inflação. O Balanço dos Pisos Salariais Negociados em 2009 aponta ainda que 96% das negociações para reajuste de pisos salariais resultaram, no mínimo, na reposição das perdas salariais ocorridas desde a última data-base.

Apesar dos efeitos que a crise internacional impôs à economia brasileira, a partir do último trimestre de 2008, nada menos do que 590 categorias de trabalhadores - 93% do total de 635 categorias pesquisadas - conquistaram aumento real de salários nas negociações que mantiveram com as empresas no ano passado revelou, na última sexta-feira (18), o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

Apenas 28 categorias tiveram índices de reajuste inferiores ao da inflação. O Balanço dos Pisos Salariais Negociados em 2009 aponta ainda que 96% das negociações para reajuste de pisos salariais resultaram, no mínimo, na reposição das perdas salariais ocorridas desde a última data-base.

Luís Ribeiro, o técnico do Dieese responsável pela pesquisa, disse que 6% dos reajustes se deram sobre pisos salariais de até R$ 465 e outros 25% entre R$ 465 e R$ 500. A faixa de R$ 500 a R$ 600 representou 37% dos pisos reajustados. De R$ 600 a R$ 700, quase 15%. A faixa de R$ 700 a R$ 800 representou 7% dos pisos pesquisados. Negociações sobre pisos superiores a R$ 800 representaram 10% do total.

De acordo com o analista, o sucesso na maioria das negociações está diretamente ligado à conjuntura econômica de crescimento e ao aumento do número de empregos formais.

"As negociações estão conseguindo trazer para os salários esses ganhos que estão sendo vistos na sociedade".

No setor rural, que paga os salários mais baixos, 97% dos pisos salariais tiveram aumento real em 2009. Mas os maiores índices de aumento foram conquistados pelos trabalhadores nas negociações com a indústria.

O setor industrial foi o que mais concedeu aumentos reais superiores a 10%. Em contrapartida, também foi na indústria que o Dieese identificou maior perda no piso salarial.

No comércio, segundo o Dieese, houve maior concentração dos reajustes nas faixas de aumento real entre 2,01% a 6% acima da taxa de inflação. E no setor de serviços a pesquisa identificou a maior incidência de reajustes abaixo da variação do INPC, assim como a maior proporção de reajustes iguais à inflação e com aumentos reais de até 2% entre os segmentos analisados.

O Dieese ressaltou, contudo, que isso não significa que os menores pisos salariais estejam concentrados nos serviços.

Em valores absolutos, metade dos pisos ficou abaixo de R$ 540 mensais.

"Se, por um lado, é possível destacar o bom desempenho da negociação dos pisos salariais em 2009 no que diz respeito, especificamente, aos reajustes, por outro, chama atenção o fato de que os valores dos pisos ainda são fortemente referenciados pelo salário mínimo", assinala o Dieese. (Fonte: Brasília Confidencial)

terça-feira, 22 de junho de 2010

Agenda - Fórum Metropolitano do Trabalho

No dia 30 de junho será realizado em Cosmópolis mais um evento do Fórum Metropolitano do Trabalho das 9h00 às 13h00.

Serão apresentados os dados do CAGED de maio para a RMC e será feita uma aula sobre indicadores do mercado de trabalho.

A programação será divulgada em breve.

Melhor maio da série histórica do CAGED para o país: 298.041 vagas

O saldo de vagas no Brasil apresentou o melhor maio da série histórica. Foram 298.041 postos de trabalho em maio, crescimento de 0,90% no estoque de emprego. Em relação ao mês anterior, houve uma queda do saldo de 2,3% (305.068 vagas em abril) e em relação ao mesmo mês do ano anterior houve um crescimento de 126,5% (131.557 vagas). O saldo acumulado nos cinco primeiros meses do ano chegou a 1.260.368 vagas (crescimento de 3,8% do estoque no ano), em 2009 o saldo para o período havia sido de apenas 180.011 vagas. O saldo gerado nos primeiros cinco meses de 2010 já superou o total gerado ao longo de 2009 (995.110 vagas) e foi o melhor período da série histórica (19,8% acima do mesmo período de 2008, melhor resultado até então com 1.051.946 vagas). O setor que mais contribuiu para esse crescimento foi a Serviços com 86.104 vagas.

Na Região Metropolitana de Campinas foram gerados 6.651 postos de trabalho (dados de Holambra inclusos), um crescimento de 0,82% sobre o estoque de mão de obra de abril e queda do saldo de 7,1% em relação ao mês anterior (abril de 2010 com 7.161 vagas). No acumulado do ano já são 32.417 vagas, saldo bastante superior ao mesmo período de 2009 (1.935 vagas). Esse período foi o melhor da RMC desde sua criação em 2000). O destaque na RMC foi o setor de Serviços com 2.101 vagas,

Campinas acompanhou o crescimento do país apresentando saldo de 2.143 vagas (3º melhor resultado do Estado de São Paulo, ficando atrás do município de São Paulo e Matão), o que corresponde a 32,5% do total de vagas geradas na RMC. Esse número foi 306,6% superior ao resultado de maio de 2009 (527 vagas) e 25,6% superior ao saldo de abril de 2010 (1.706 vagas). Maio apresentou o segundo melhor resultado do ano. No ano já são 8.777 vagas, resultado bastante superior as 1.440 vagas do mesmo período de 2009 (509,5% de crescimento). Em apenas cinco meses, Campinas conseguiu gerar um saldo 66,6% superior ao gerado em todo o ano de 2009 (5.268 vagas). O acumulado dos cinco primeiros meses do ano foi o segundo melhor do município, perdendo apenas para 2008 (9.433 vagas).

O destaque no município foi novamente o setor de Serviços com uma geração de 1.040 postos de trabalho, 85,4% superior a maio do ano anterior e aumento de 98,5% em relação ao mês anterior (abril de 2010 com 524 vagas). O Comércio veio logo em seguida com 938 postos de trabalho, saldo 221,2% superior ao mesmo mês do ano anterior e 117,6% superior a abril de 2010 (431 vagas). As vendas do dia das mães e para a copa do mundo auxiliaram nesse resultado. A Indústria da Transformação apresentou saldo de 162 vagas, queda de 50,2% no saldo em relação ao mês anterior (325 vagas). A Construção Civil teve saldo positivo de apenas 27 vagas os demais setores apresentaram saldo negativo.