Blog do Observatório do Trabalho


Este é um espaço aberto para discussões sobre o mundo do trabalho e políticas públicas relacionadas a Trabalho, Emprego e Renda na Região Metropolitana de Campinas. Ele está a disposição de todos aqueles que discutem essa temática, sejam eles dirigentes sindicais, gestores públicos, políticos, acadêmicos entre outros.


Faça parte desse fórum, seja bem vindo!



sexta-feira, 16 de julho de 2010

Saldo líquido de empregos supera marca de 10 milhões desde 2003

Comércio e serviços foram os que apresentaram o melhor desempenho no período, segundo dados do Caged

Ilton Caldeira, iG São Paulo | 15/07/2010 05:15 - Atualizada às 12:27

O dinamismo vigoroso da atividade econômica nos últimos anos contribuiu para o forte crescimento do mercado de trabalho no Brasil e o aumento da formalização da mão de obra. Com a divulgação dos dados de junho do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), o País ultrapassou a marca de 10 milhões de empregos líquidos (o saldo total de admissões e dispensas de empregados, sob o regime da Consolidação das Leis do Trabalho) criados desde 2003.

Até o mês de maio, o saldo líquido de empregos gerados no País era de 9.976.450 postos de trabalho. Com o resultado de junho, quando foram gerados 212.952 vagas, o saldo líquido atingiu 10.189.402.

Na avaliação de especialistas e estudiosos que acompanham a evolução do mercado de trabalho, esse resultado representa um dos melhores desempenhos da história recente do País, talvez só comparável ao período de forte crescimento da economia na década de 70 que ficou conhecido como “Milagre Brasileiro”.

Como o Caged sofreu uma mudança na metodologia em 2002, os dados consolidados anteriormente, desde 1992, não podem ser utilizados para efeito de comparação com o atual desempenho, segundo os analistas, sob o risco de gerar distorções e erros de interpretação.

Desempenho por região

A maior responsável por esse movimento de forte ampliação de vagas no mercado formal foi a região Sudeste. Desde janeiro de 2003, o saldo de empregos gerados nos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo é de cerca de 5,7 milhões de postos de trabalho, sendo que a maior parte desse desempenho, cerca de 1,9 milhão de vagas líquidas, foi registrado na região metropolitana de São Paulo.

O desempenho na capital paulista e nas demais cidades da Grande São Paulo, equivale ao saldo líquido de empregos nos três Estados do Sul do País, desde 2003, a segunda melhor colocada entre as cinco regiões do Brasil. Nesse período, até maio de 2010, a região Sul acumula um saldo de aproximadamente 1,9 milhão de vagas, seguida pela região Nordeste, que tem um saldo líquido de cerca de 1,3 milhão de vagas.

As regiões Centro-Oeste, com um saldo líquido de 660 mil vagas, e Norte, com 380 mil vagas, também apresentaram avanços significativos, mas não na mesma intensidade verificada nas demais áreas do País, onde a atividade econômica apresentou um ritmo mais intenso.

Para o economista Fábio Romão, da consultoria LCA, além da forte expansão do mercado de trabalho, o principal ponto positivo é o processo crescente de formalização da mão de obra. “Isso aumenta o nível de confiança na economia e melhora o acesso das pessoas ao crédito, impulsionando diversos setores.”

Segundo Romão, esse processo de melhora do cenário no mercado de trabalho aconteceu na esteira do crescimento sustentado da economia entre 2004 e 2008. “ No início de 2009 houve uma interrupção nesse desempenho, por causa dos efeitos da crise financeira no fim de 2008. Mas já no segundo semestre do ano passado, muitos setores iniciaram uma volta ao ritmo de antes da crise e desde então a atividade tem sido muito intensa.”

Serviços e comércio

Os setores de serviços, com um saldo líquido de quase 4 milhões de vagas, e comércio, com 2,5 milhões de postos de trabalho foram os que apresentaram o desempenho mais vigoroso desde 2003, tendo sido reponsáveis por mais da metade do resultado consolidado verificado até o momento.

O setor industrial foi o mais atingido, num primeiro momento, pelos efeitos da crise financeira, mas voltou logo a se recompor e acumula um saldo de cerca de 2 milhões de empregos líquidos em pouco mais de sete anos. Já o segmento de construção civil passou praticamente ileso pelo período de turbulência na economia e manteve o ritmo de geração de empregos, acumulando um resultado líquido de 930 mil postos.

Para os especialistas, o processo de desindustrialização do emprego formal indica que o Brasil está evoluindo para um cenário já consolidado em economias mais maduras, como a dos Estados Unidos e em alguns países da Europa, onde a participação da população no emprego industrial vem caindo à medida que o setor de serviços se expande. “ Essa mudança no perfil do emprego não é negativa e indica que a economia brasileira está buscando outras formas de crescer”, afirma o economista da Gradual Investimentos, André Perfeito.

Na avaliação do economista João Paulo dos Reis Velloso, que foi titular do Ministério do Planejamento de 1969 a 1979, um elemento importante para manter e ampliar o crescimento da economia e do mercado de trabalho é o investimento tanto público, quanto o privado. “Além disso, é necessário qualificar melhor a mão de obra e gerar melhores posto de trabalho”, diz.

Síntese do comportamento do emprego em Junho segundo o CAGED/MTE

Brasil

O saldo de vagas no Brasil apresentou o segundo melhor junho da série histórica do CAGED (perdendo apenas para junho de 2008 com 309.442 vagas). Em junho foram 212.952 postos de trabalho no mês, um crescimento de 0,62% no estoque de emprego. Em relação ao mês anterior, houve uma queda do saldo de 28,5% (298.041 vagas em maio) e em relação ao mesmo mês do ano anterior houve um crescimento de 78,2% (119.495 vagas em junho de 2009).
O saldo acumulado no primeiro semestre do ano chegou a 1.473.320 vagas (crescimento de 4,5% do estoque de empregos no ano), em 2009 o saldo para o período havia sido de apenas 299.506 vagas. O saldo gerado nos seis primeiros meses de 2010 foi o melhor da série histórica (8,2% acima do mesmo período de 2008, melhor resultado até então com 1.361.388 vagas).
O setor que mais contribuiu para o saldo de junho foi Serviços com 57.450 vagas.

Região Metropolitana de Campinas
Na Região Metropolitana de Campinas foram gerados 2.005 postos de trabalho (dados de Holambra não inclusos), um crescimento de 0,25% sobre o estoque de mão de obra de maio e aumento do saldo em 83,9% em relação a junho de 2009 (1.091 vagas). No acumulado do ano já são 34.358 vagas, saldo 11 vezes maior que o mesmo período de 2009 (3.025 vagas). Esse período foi o melhor da RMC desde sua criação em 2000. O destaque na RMC foi a Indústria com 1.639 vagas.

Campinas

Campinas apresentou o segundo melhor semestre da série histórica do CAGED com 9.066 vagas, ficando atrás apenas do primeiro semestre de 2008 com 11.988 vagas. Em apenas um semestre, Campinas conseguiu gerar um saldo 72,1% superior ao gerado em todo o ano de 2009 (5.268 vagas).
Em junho, o município apresentou uma desaceleração no saldo de vagas tendo apresentado apenas 289 vagas, o que corresponde a 14,4% do total de vagas geradas na RMC. Esse número foi 18,4% inferior ao resultado de junho de 2009 (354 vagas) e 86,5% inferior ao saldo de maio de 2010 (2.143 vagas).
O setor que se destacou no município em junho foi a Indústria com uma geração de 334 postos de trabalho, 106,2% superior a maio (162 vagas). No primeiro semestre esse setor acumulou 2.388 vagas, saldo bastante expressivo em comparação ao saldo negativo do primeiro semestre de 2009 com 2.020 vagas.
O setor de Serviços veio em seguida com 208 vagas, queda de 80,0% em relação ao mês anterior (1.040 vagas) e crescimento de 77,8% em relação ao mesmo mês do ano anterior (117 vagas em junho de 2009). Apesar da queda em junho, esse setor acumulou no primeiro semestre 5.214 vagas, saldo 67,2% acima do acumulado no primeiro semestre de 2009 (3.119 vagas).
O setor de Comércio também apresentou saldo negativo no mês (-97), mas no acumulado do semestre conta com 1.057 vagas, resultado bastante superior ao saldo obtido no mesmo período do ano anterior (-353 vagas no primeiro semestre de 2009).

quinta-feira, 15 de julho de 2010

AVISO DE PAUTA - CAGED

Data: 15/07/2010 (quinta-feira)
Hora: 11h
Local: MTE - Esplanada dos Ministérios, Bloco F, Sala 433. Brasília - DF.

Assunto: O ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, anuncia os números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) referentes ao mês de junho de 2010.

terça-feira, 13 de julho de 2010

Em 13 anos, 12,8 milhões saíram da pobreza absoluta, mostra Ipea

Taxa de pobreza absoluta caiu de 43,4% em 1995 para 28,8% em 2008.
Distribuição de renda só registrou piora no Distrito Federal.

Quase 13 milhões de brasileiros saíram da pobreza absoluta entre 1995 e 2008, segundo levantamento do Instituto Brasileiro de Pesquisas Econômicas (Ipea). Com isso, essa faixa, que considera famílias com rendimento médio por pessoa de até meio salário mínimo mensal, recuou de 43,4% para 28,8% do total da população no período.

A maior queda foi verificada na região Sul, onde a porcentagem da população em pobreza absoluta recuou 47,1%, de 34% para 13% do total. Com isso, a região ultrapassou o Sudeste como detentora do melhor indicador – no conjunto dos quatro estados desta região, a população em pobreza absoluta recuou de 29,9% para 19,5% do total.

Na região Nordeste, houve queda de 28,8% na taxa de pobreza absoluta. Ainda assim, 49,7% da população local vivia, em 2008, com até meio salário mínimo mensal – em 1995, essa porcentagem era de 69,8%

Para acessar a matéria completa, clique no link abaixo:
http://g1.globo.com/economia-e-negocios/noticia/2010/07/em-13-anos-128-milhoes-sairam-da-pobreza-absoluta-mostra-ipea.html