Blog do Observatório do Trabalho


Este é um espaço aberto para discussões sobre o mundo do trabalho e políticas públicas relacionadas a Trabalho, Emprego e Renda na Região Metropolitana de Campinas. Ele está a disposição de todos aqueles que discutem essa temática, sejam eles dirigentes sindicais, gestores públicos, políticos, acadêmicos entre outros.


Faça parte desse fórum, seja bem vindo!



quinta-feira, 6 de maio de 2010

Um em cada quatro estabelecimentos na RMC possui apenas um vínculo empregatício

Foi realizado ontem pelo Observatório do Trabalho o Seminário: "A Gerãção de Emprego nos Pequenos Negócios da Região Metropolitana de Campinas".

Ao longo de 2009, foram geradas mais de 20 mil vagas de emprego nos estabelecimentos com menos de 9 vínculos empregatícios, enquanto os demais estabelecimentos tiveram saldo negativo superior a 2 mil vagas. Nos anos anteriores, a tendência de maiores contratações nos estabelecimentos menores também foi veirificada, fato que chama atenção para esses pequenos, responsáveis pela geração de vagas e pela matunção do emprego principalmente em 2009, ano que a economia sofreu com a crise internacional.

Atualmente existem na RMC em torno de 52 mil estabelecimentos dos quais 77,1%, isto é 40,5 mil, possuem até 9 empregados. Em relação ao número de empregados, 15% da mão de obra formal está empregada nesses estabelecimentos.

Esses dados mostram o quanto esses pequenos são importantes para o emprego na RMC, merecendo maior atenção dos órgãos públicos no que se refere a elaboração de políticas públicas de auxílio a esses estabelecimentos para que, além de gerarem mais vagas, essas vagas tenham, cada vez mais, maior qualidade e maior nível de remneração.

O estudo completo será encaminhado aos membros. Caso ainda não seja cadastrado para receber os relatórios e estudos do Observatório do Trabalho, enviei um e-mail para ajungbluth@dieese.org.br solicitando sua inclusão.

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Seminário - Retificação

Gostaríamos de fazer uma retificação na programação do Seminário "A Geração de Emprego nos Pequenos Negócios da Região Metropolitana de Campinas".

Ele será realizado no dia 05/05 (quarta-feira) e terá início às 9h00 (e não às 8h30 como foi informado anteriormente) no CPAT-Campinas.

Endereço:
CPAT – Centro Público de Apoio ao Trabalhador – Campinas
Avenida Dr. Campos Sales, 427 - Centro


Programação:

09h00 Abertura
Maristela Braga – Secretária Municipal de Trabalho e Renda

09h15 Painel:
A Geração de Emprego nos Pequenos Negócios da Região Metropolitana de Campinas

Apresentação:
Adriana Jungbluth – DIEESE/Observatório do Trabalho

Debatedores:
Anselmo Luis dos Santos – Professor Doutor e Pesquisador do CESIT-IE/UNICAMP
Tais Fernanda Camargo Antonio – Analista de Negócios do Sebrae (Escritório Regional Sudeste Paulista)
Laerte Martins – Observatório do Trabalho


11h30 Encerramento

Mínimo completa 70 anos valendo a metade do seu valor inicial

CÂMARA FEDERAL (DF) • ÚLTIMAS NOTÍCIAS • 30/4/2010 • 18:33:00

Neste sábado, quando completa 70 anos, o atual salário mínimo (R$ 510) vale aproximadamente a metade do que valia na data da sua criação, segundo cálculo do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

Em 1º de abril de 1940, o salário mínimo de São Paulo era de 220 mil réis, que equivalem a R$ 1.109. Apesar de ser exato, esse número é apenas uma referência. "É difícil comparar, porque o padrão de consumo era diferente. Por exemplo, muito do que se comia em casa vinha da horta no quintal", observa o supervisor técnico do Dieese no Distrito Federal, Clóvis Scherer.

Havia 14 mínimos diferentes, que variavam conforme o custo de vida de cada região, mas supostamente todos compravam as mesmas coisas. No interior do Nordeste, por exemplo, o mínimo era de 90 mil réis, enquanto o do Rio de Janeiro (o maior do País) era de 240 mil réis. O único valor atualizado pelo Dieese foi o de São Paulo.

Atualmente, 32,4 milhões de brasileiros recebem o mínimo, segundo o professor do Instituto de Economia da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) Rodolfo Hoffmann. Desse total, 18,5 milhões são aposentados e pensionistas e 13,9 milhões são empregados. Segundo o Dieese, o mínimo é referência para os rendimentos de 46 milhões de brasileiros.


Oscilações

Desde sua criação, o salário mínimo oscilou, sempre refletindo o momento político e econômico do País. Teve uma trajetória de queda nos anos de inflação alta, principalmente na década de 80, mas começou a recuperar seu poder de compra a partir do Plano Real, em 1994, e principalmente nos últimos anos. Entre abril de 2002 e janeiro de 2010, teve um aumento real (descontada a inflação) de 53,67%.


O valor de hoje é o maior desde 1986, quando o salário médio real foi de R$ 517,22. O menor valor real da história do salário mínimo foi R$ 249,56, em 1995. O maior valor real, ainda segundo o Dieese, foi em janeiro de 1959 (governo JK), quando chegou a R$ 1.612 (valor atualizado).


Política de valorização

Para evitar a volta das oscilações para baixo, a Câmara discute uma política de valorização do mínimo. A Medida Provisória 474/09, que tranca a pauta do Plenário, aumentou seu valor de R$ 465 para R$ 510 em 1º de janeiro passado. Essa MP também contém diretrizes para a política de valorização do mínimo, com base na reposição integral da inflação do ano anterior somada a um aumento real equivalente à variação anual do Produto Interno Bruto (PIBIndicador que mede a produção total de bens e serviços finais de um país, levando em conta três grupos principais: - agropecuária, formado por agricultura extrativa vegetal e pecuária; - indústria, que engloba áreas extrativa mineral, de transformação, serviços industriais de utilidade pública e construção civil; e - serviços, que incluem comércio, transporte, comunicação, serviços da administração pública e outros. A partir de uma comparação entre a produção de um ano e do anterior, encontra-se a variação anual do PIB.) registrada dois anos antes.


Segundo o texto, o Poder Executivo enviará ao Congresso até março de 2011 projeto de lei com as diretrizes de valorização do mínimo entre 2012 e 2023. O senador Paulo Paim (PT-RS) apresentou emenda à MP para vincular o aumento de aposentadorias e pensões ao reajuste do mínimo.



Próximo reajuste

Enquanto não se define a política de valorização, os deputados já se preocupam com o aumento do próximo ano. Arnaldo Faria de Sá e Paulo Pereira da Silva afirmam que não será possível levar em conta, nesse reajuste, a variação do PIB em 2009, que foi negativa (-0,2%). Os parlamentares estão negociando com o governo para que seja considerado o PIB de 2010.