Blog do Observatório do Trabalho


Este é um espaço aberto para discussões sobre o mundo do trabalho e políticas públicas relacionadas a Trabalho, Emprego e Renda na Região Metropolitana de Campinas. Ele está a disposição de todos aqueles que discutem essa temática, sejam eles dirigentes sindicais, gestores públicos, políticos, acadêmicos entre outros.


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sexta-feira, 16 de abril de 2010

Emprego cresce novamente em Campinas e Região

O saldo de vagas no Brasil cresceu pelo terceiro mês consecutivo, apresentando em março 266.415 postos de trabalho, melhor resultado para o mês na série histórica do CAGED, com crescimento de 0,81% do estoque de emprego. Em relação ao mês anterior, o crescimento do saldo foi de 27,2% (209.425 vagas) e em relação ao mesmo mês do ano anterior foi de 665,2% (34.818 vagas). O saldo acumulado no trimestre chegou a 657.259 vagas (crescimento de 1,99% do estoque), no primeiro trimestre de 2009 o saldo tinha sido negativo em mais de 57 mil vagas.

Na Região Metropolitana de Campinas foram gerados 6.934 postos de trabalho, um crescimento de 0,68% sobre o estoque de mão de obra e 24% em relação ao mês anterior (fevereiro de 2010). No acumulado do trimestre já são 18.596 vagas, saldo 662,5% acima do mesmo trimestre do ano anterior.
O setor de serviços destacou-se com a geração de 3.482 postos, cerca de 137% superior a março de 2009 e 26,7% em relação ao mês anterior. Em seguida vem a Indústria com 1.668 postos, saldo 157,7% superior ao de março de 2009. O setor de Construção Civil apresentou um saldo de 640 vagas, com uma leve queda de 27,2% em relação ao mesmo mês do ano anterior, mas 36,4% acima de fevereiro de 2010. O Comércio também merece destaque com saldo de 462 postos, confirmando a recuperação esperada para o setor no mês, que historicamente apresenta saldo negativo nos dois primeiros meses do ano.

O resultado de Campinas acompanhou o crescimento do país e da Região Metropolitana apresentando saldo de 2.313 vagas, o que corresponde a 33,4% do total de vagas geradas na RMC. Esse número foi 476,8% superior ao resultado de março de 2009 e 91,3% superior ao saldo de fevereiro de 2010. No trimestre já são 4.928 vagas, resultado bastante superior as 188 vagas do primeiro trimestre de 2009.

O destaque foi novamente o setor de Serviços com uma geração de 1.546 postos, 125,7% superior a março do ano anterior e 53,7% em relação a fevereiro. A Indústria veio em seguida com 354 vagas e já acumulou 1.567 vagas no ano, mostrando a recuperação do segmento que mais perdeu vagas com o efeito da crise. O setor de Comércio teve saldo de 206 vagas, mostrando a recuperação esperada para o setor no mês em questão. A Construção Civil, que teve baixo desempenho no primeiro bimestre do ano, apresentou saldo de 111 vagas, indicando que o setor está novamente se aquecendo.

O resultado de março de 2010 foi o segundo maior para Campinas desde 2004 e o melhor da Região Metropolitana.

terça-feira, 6 de abril de 2010

Brasil manteve nível salarial em 2009, apesar da crise, segundo Dieese

AGÊNCIA DIAP (DF) • NOTÍCIAS • 5/4/2010 • 03:43:00

O Brasil conseguiu manter a massa salarial e o nível do emprego ao longo da crise financeira de 2009, em relação a 2008. A avaliação foi feita pelo coordenador regional do Departamento Intersindical de Estatística e Estudo (Dieese), Renato Lima.

Para ele, a decisão do governo federal de adotar uma política semelhante a que reivindicavam os sindicatos - com redução de impostos em áreas vitais para a economia - possibilitou o aumento do emprego em alguns setores, como a construção civil, o que, em parte, compensou o baixo rendimento e o desemprego gerado no segmento industrial.

"No cômputo geral, mesmo com o impacto da crise, a economia interna, dos próprios brasileiros, por meio da circulação de mercadoria e salários, diluiu o impacto maior provocado pela crise - o que não aconteceu nos outros países. Nesses países, que optaram pela continuação da política neoliberal de estrangulamento do crédito, os mercados internos não conseguiram dar pujança e obter resposta".

As declarações do coordenador regional do Dieese foram dadas à Agência Brasil em reunião realizada esta semana, no Rio de Janeiro, durante a 4ª Jornada Nacional de Debates, a Redução da Jornada de Trabalho e as Perspectivas para 2010.

O encontro reuniu centrais sindicais de todo País. A ideia era fazer um balanço e uma avaliação mais precisa sobre as negociações do acordo coletivo em 2009, em relação às metas pré-fixadas e às projeções do emprego e da renda para 2010.

"O debate vem demonstrando - por meio de uma série de estudos estatísticos, qualitativos e quantitativos - que no ano passado nós tivemos, diferentemente dos anos anteriores, um ano com características recessivas dado o impacto que teve, também aqui no Brasil, a crise financeira internacional - especificamente no setor industrial. A conclusão é que, mesmo com a crise, o movimento sindical conseguiu manter os níveis salariais e o nível de crescimento do emprego - uma vez que a queda foi muito pequena e ainda assim localizada".

"Por outro lado, o movimento sindical brigou muito pela valorização do salário mínimo e isto repercutiu em toda a cadeia da economia, pois mesmo as categorias que não o recebem [o salário mínimo] tiveram seus rendimentos valorizados e puxados para cima".

Para Lima, programas de transferência de renda do governo federal, como o Bolsa Família, também ajudaram na manutenção da demanda do mercado interno.

"O equilíbrio foi dado pelo aumento do consumo interno, que, incentivado pelos programas de transferência de renda, como o Bolsa Família, e pela retirada de impostos de alguns produtos, ajudou o país e o trabalhador a ultrapassar este período turbulento da economia mundial". (Fonte: Agência Brasil)

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Geração de empregos no Brasil está no patamar de países ricos

BRASIL ECONÔMICO ONLINE (SP) • ÚLTIMAS NOTÍCIAS • 30/3/2010 • 22:23:21

O Brasil deve terminar o ano com um saldo de 2 milhões de novos empregos com carteira assinada. Essa é a projeção de economistas ouvidos pelo Brasil Econômico, com base nos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Se confirmado, o resultado será o maior da série histórica iniciada em 1992.

Na projeção do professor do Instituto de Economia da Unicamp, Cláudio Dedecca, o cenário de crescimento econômico aponta para a criação de no mínimo 2 milhões de empregos formais neste ano.

"Um crescimento de 5% do Produto Interno Bruto (PIB) pode induzir a geração de 2 milhões de empregos formais. Caso a economia cresça 6%, é provável que tenhamos até 2,5 milhões de novas contratações", diz.

Com a melhora do cenário, a taxa de desemprego pode chegar ao menor patamar em 20 anos, de acordo com o diretor-técnico do Departamento Intersindical de Estudos Socioeconômicos (Dieese), Clemente Lúcio Ganz. "A taxa de desemprego aberto, que hoje está em 7,4% pode chegar a 6,5% no fim do ano", diz.


Acima da média

O volume de empregos a ser gerado neste ano também fica próximo à média de postos de trabalho criados por economias maiores e mais desenvolvidas nos seus mais recentes períodos de bonança, de acordo com levantamento do economista-chefe do banco Banif, Mauro Schneider.

De acordo com o estudo, a média anual de geração de empregos de 2003 a 2007 nos Estados Unidos foi de 1,9 milhão. No mesmo período, a Zona do Euro teve saldo positivo de 2 milhões de vagas por ano.

Segundo Schneider, a comparação mostra o quão expressiva é a recuperação da economia brasileira, já que se aproxima ao nível de economias com uma população economicamente ativa maior.

Nos EUA e na Zona do Euro, essa população, que indica o total com que pode contar o setor produtivo, é de cerca de 150 milhões. No Brasil essa população chega a 100 milhões de pessoas. "Isso significa uma geração de empregos que equivale a 2% do total da população economicamente ativa", diz.

Segundo ele, o Brasil passou por uma surpreendente rapidez na geração de novos empregos. "O nível de emprego se recuperou com a mesma velocidade com que caiu", diz. Essa velocidade na recuperação dos empregos, no entanto, deve ser reduzida após 2010.

"O principal elemento para que as contratações continuem a crescer é a confiança do empresariado na perspectiva do médio prazo", explica.

O dinamismo da economia brasileira anterior à crise foi o que favoreceu a recuperação rápida dos empregos perdidos durante a turbulência econômica, na opinião de Ganz, do Dieese.

"Diferentemente dos anos anteriores, a crise internacional pegou o Brasil mas não estava presente nele. Por ter uma situação econômica favorável, com superávit comercial, equilíbrio nas contas públicas e sistema bancário relativamente bem regulado, o Brasil foi menos impactado", diz.

segunda-feira, 29 de março de 2010

Convite: Inauguração - CPAT Unidade Ouro Verde

A Prefeitura Municipal de Campinas, por meio da Secretaria de Trabalho e Renda em parceria com o Ministério do Trabalho e Emprego têm a honra de convidar Vossa Senhoria para a inauguração do CPAT, Centro Público de Apoio ao Trabalhador - Agência Ouro Verde, com a presença do Excelentíssimo Senhor Prefeito de Campinas, Dr. Hélio de Oliveira Santos.

Data: 31 de março de 2010 (Quarta-feira)
Horário: 15h00
Local: Armando Frederico Righanetti, nº 61 piso superior Box 12 Terminal e Horto Shopping Ouro Verde

sexta-feira, 26 de março de 2010

Convite: FÓRUM METROPOLITANO DO TRABALHO DA RMC

XI ENCONTRO – JAGUARIÚNA - Dia 31 de Março de 2010

Início: 8h30 (credenciamento) – 11h30 (previsão de encerramento)

Local: Auditório da Secretaria Municipal de Relações do Trabalho – Rua Coronel Amâncio Bueno, 810 – Centro – Referência atrás da Matriz Nova – Jaguariúna SP (Mapa Anexo)


09h00 Abertura – Prefeito Gustavo Reis - Presidente do Conselho de Desenvolvimento da RMC

Palestra: Balanço das ações na RMC em Relação ao Trabalho e ao Emprego e Perspectivas.

09h45 - Apresentação de Programas de Geração de Renda de Juaguariúna – Secretário de Relações do Trabalho Afonso Lopes Silva.

10h15 - Discussão dos temas:
Divulgação e análise dos dados do Caged de Fevereiro/2010
Apresentação do Sistema de Georreferenciamento do Município de Campinas
Adriana Jungbluth - DIEESE / Observatório do Trabalho


11h00 - Informes, cronograma dos próximos estruturação e eventos do Fórum Metropolitano da RMC do Trabalho - Coordenação: Sebastião Arcanjo - Secretário de Trabalho e Renda da Prefeitura Municipal de Campinas.


Gustavo Reis

Prefeito Municipal de Jaguariúna

terça-feira, 23 de março de 2010

Convite: 1ª Conferência Regional de Economia Solidária

Pelo direito de produzir e viver em cooperação de maneira sustentável

30 de março - 8h30 às 17h
Local: Espaço Cidadania
Av. Ipiranga, 151, Centro - Várzea Paulista

Informações: (11) 4596-9660
solidaria@varzeapaulista.cp.gov.br

quinta-feira, 18 de março de 2010

Dados de fevereiro reafirmam tendência de crescimento do emprego

Foram divulgados ontem (17/03) os dados do CAGED/MTE de fevereiro e novo recorde foi alcançado: este foi o melhor fevereiro dos últimos 22 anos com saldo de 209.425 mil vagas com carteira assinada, um incremento de 0,63% no estoque de empregos. Esse resultado foi bastante distinto do verificado em fevereiro de 2009 quando apenas 9.179 vagas haviam sido geradas.

O saldo de vagas em 2010 (janeiro e fevereiro) já acumulou 390.844 vagas, resultado melhor que o mesmo período de 2007 (253.487 vagas) e de 2008 (347.884 vagas). Com esses resultados, a expectativa é de que o emprego no ano seja melhor que 2008, e melhor até que 2007 que foi o ano com maior crescimento do emprego na década. Se esse comportamento continuar nos próximos meses, as tão esperadas vagas (dois milhões segundo o Ministro Luppi) serão certamente atingidas, podendo inclusive ser ultrapassadas.

Em janeiro o setor que liderou o saldo de vagas havia sido a Indústria. Em fevereiro, o setor de Serviços voltou a liderar o ranking de vagas com 85.607 vagas (crescimento de 1,09%). A indústria veio logo em seguida com 63.024. A Construção Civil veio depois com 34.725 vagas.

A Região Metropolitana também teve desempenho positivo com saldo de 5.604 vagas (expansão de 0,69% no estoque), resultado bastante superior ao saldo de - 768 vagas no mesmo período do ano anterior. No ano, já são 11.645 vagas. Esse valor é igual a 37% do saldo total obtido em 2008, ou seja, até o final do ano a RMC deverá apresentar um resultado superior as 31.555 vagas geradas em 2008.

Campinas não ficou atrás e também apresentou saldo positivo em fevereiro. Foram 1.206 vagas (expansão de 0,35% no estoque), resultado um pouco inferior ao obtido e janeiro, mas bastante superior ao mesmo período do ano anterior (564 vagas). O setor com maior destaque foi, mais uma vez, Serviços com 1.006 vagas seguido pela Indústria com 436 vagas. O Comércio apresentou saldo negativo de 364 vagas, resultado esperado para o início do ano ao decorrente da desaceleração das vendas.

Até o final do mês, enviaremos o relatório completo com os dados e a análise do mês de fevereiro. Caso ainda não receba nossos informativos e estudos e deseje receber, escreva para o observatoriodotrabalhocampinas@gmail.com

sexta-feira, 12 de março de 2010

Convite: II CONFERENCIA METROPOLITANA DE ECONOMIA SOLIDÁRIA

PELO DIREITO DE PRODUZIR E VIVER EM COOPERAÇÃO DE MANEIRA SUSTENTÁVEL


Aos Companheiros/as e Apoiadores do Movimento de Economia Popular Solidária da Região Metropolitana,


Nos dias 25, 26 e 27 de março será realizada em Belo Horizonte a II CONFERENCIA METROPOLITANA DE ECONOMIA SOLIDÁRIA, com o objetivo de debater, no nível local, o direito às formas de organização econômica baseadas no trabalho associado, na propriedade coletiva, na cooperação e na autogestão, reafirmando a Economia Solidária com estratégia e política de desenvolvimento. Além disso a II Conferência elegerá os delegados que representarão a Região Metropolitana na II Conferência Estadual de Economia Solidária.


Serão 105 participantes/vagas, distribuídos da seguinte forma:

*

53 representantes de empreendimentos (1 pessoa por empreendimento ).
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26 representantes de entidades de assessoria e fomento
*

26 representantes de gestores públicos


As inscrições poderão ser feitas no período de 08 a 19 de março de 2010, de 09 as 17:00h, pessoalmente, por fax.


Formas de inscrição:

1 – Enviando a Ficha de Inscrição preenchida para o e-mail luizinho.mes@hotmail.com

2 - Enviando a Ficha de Inscrição preenchida para o Fax 3277-9830

3- Informando os dados pessoais pelo telefone 3277-9830 ( falar com Thayná ou Gustavo)

4 – Pessoalmente, no Centro Público de Economia Solidária de BH.

FICHA DE INSCRIÇÃO EM ANEXO

O local da II Conferencia da RMBH será informado posteriormente.

INCREVA-SE !

SUA PARTICIPAÇÃO É FUNDAMENTAL!

SAUDAÇÕES ECONOSOLIDÁRIAS,

terça-feira, 9 de março de 2010

Convite: Aniversário de 7 Anos do Banco Popular da Mulher

Data: 18/03/2010
Local: CPAT - Centro Público de Apoio ao Trabalhador
Endereço: Av. Campos Sales, 427, Centro - Campinas

Programação:

8h00 Café da Manhã

9h00 Abertura

10h00 7 anos de Microcrédito em Campinas - Maristela Braga (Gerente Executiva do Banco Popular da Mulher)

10h20 Perfil dos Créditos Concedidos pelo Banco Popular da Mulher - Eliane Rosandiski (Profª do Centro de Economia e Administração da PUCC)

10h40 Georreferenciamento do Microcrédito do Banco Popular da Mulher de Campinas - Adriana Jungbluth (Observatório do Trabalho da Secretaria Municipal de Trabalho e Renda)

11h20 Debate

12h30 Encerramento

Durante a Programação haverá exposição dos trabalhos de alguns empreendedores clientes do Banco Popular da Mulher.

sexta-feira, 5 de março de 2010

Saldo de vagas em 2009 foi maior para mulheres

Em celebração ao Dia Internacional da Mulher, comemorado no dia 8 de março, a Secretaria Municipal de Trabalho e Renda de Campinas, através do Observatório do Trabalho, elaborou um Estudo Especial sobre a participação das mulheres no mercado de trabalho formal da RMC.

Constatou-se que em 2009, ano marcado pelos reflexos da crise financeira internacional, o saldo de vagas (admitidos menos desligados) foi maior para as mulheres. Na RMC, 58,6% do saldo foi de mulheres (o estoque de mão-de-obra em 2008 foi de 40,2% de mulheres), em Campinas esse percentual foi ainda maior: 76,9%. Embora esse resultado indique um melhor resultado para as mulheres, é necessário explorá-lo mais.

É possível apontar pelo menos um importante fator que contribuiu para uma maior participação da mulher no saldo do mercado de trabalho formal em 2009:

- questão setorial: a Indústria de Transformação foi o setor que mais sofreu os impactos da crise e tem como uma de suas características fundamentais a maior presença de trabalhadores do sexo masculino entre os seus empregados. Por outro lado, em 2009, o setor de Serviços, que tem em sua composição uma maior proporção de mulheres entre os empregados, apresentou melhor resultado no ano. Desse modo, era de se esperar que as mulheres apresentassem um melhor desempenho no saldo de vagas em relação aos homens.

O aumento da participação das mulheres no saldo de vagas ao longo de 2009 é um fato importante para a maior incorporação delas ao mercado de trabalho na RMC. Entretanto, como foi visto ao longo do estudo, essa maior participação decorreu de questões relacionadas aos reflexos da crise financeira e, portanto, tal resultado pode não se repetir em 2010.

O estudo completo será disponibilizado na página do Observatório do Trabalho (http://www.campinas.sp.gov.br/observatorio/) e na página do Banco Popular da Mulher (http://www.bpm.org.br) na próxima semana.