Blog do Observatório do Trabalho


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quarta-feira, 21 de julho de 2010

Com economia aquecida, cresce a pressão por reajustes salariais

GAZETA DO POVO (PR) • ECONOMIA • 21/7/2010

Total de categorias com aumento superior à inflação deve bater recorde em 2010. Sindicatos prometem ganhos reais de até 10% acima do INPC

O forte crescimento da economia, a escassez de mão de obra qualificada e a queda do desemprego devem inflar os reajustes salariais deste segundo semestre. Embalados pelo sucesso das negociações do ano passado, quando a economia brasileira mal havia saído da crise, sindicatos paranaenses prometem exigir aumentos reais acima da inflação ainda maiores em 2010. Enquanto em 2009 os ganhos reais no estado ficaram entre 1% e 2% na maioria dos casos, desta vez os trabalhadores prometem exigir porcentuais de 3% a 10% superiores ao Índice Nacional de Preços ao Consu­midor (INPC), usado como referência pelos sindicatos.

Segundo o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), a tendência é que o total de categorias profissionais com reajuste superior à inflação bata recorde neste ano, superando a marca de 2007, quando 87,7% das negociações de todo o Brasil terminaram com ganhos reais para os trabalhadores. No ano passado, apesar da crise econômica, o índice foi de 79,9% no país, o terceiro maior da série histórica iniciada em 1996. “Neste ano deve subir não apenas o total de acordos com ganho real, como os próprios reajustes obtidos pelos trabalhadores. Os índices devem ser de, no mínimo, 2% acima do INPC”, prevê Cid Cordeiro, economista do escritório paranaense do Dieese.

Os acordos fechados no primeiro semestre servirão de combustível extra às negociações dos próximos meses. Entre janeiro e junho, funcionários da rede privada de saúde do Paraná conseguiram aumento de 1,4% acima da inflação; no comércio, os ganhos foram de 1,65% e, no setor de serviços, chegaram a 3,53%. Operários das indústrias de bebidas e eletroeletrônicos receberam 1% e 3%, respectivamente.

Sindicalistas costumam argumentar que, ao elevar o poder de compra dos trabalhadores, gordos reajustes salariais beneficiam toda a economia. Mas empresários e economistas ponderam que, ao elevar os custos das empresas e estimular fortemente o consumo, aumentos muito superiores à inflação podem gerar ainda mais inflação.

“Além da questão inflacionária, no Paraná temos um piso regional que é um dos maiores do país. Para a indústria, é de R$ 714, enquanto em São Paulo é de R$ 570. Nessa situação, pedir aumento real de 3% é extrapolar a realidade do mercado”, diz Amílton Stival, coordenador do conselho temático de relações de trabalho da Federação das Indústrias do Paraná (Fiep).

“Há espaço para aumento real, mas é preciso cuidar com o tamanho dele. Pressões adicionais sobre os preços vão se refletir em juros mais altos no futuro, que por sua vez frearão a economia. E aí todos perdem”, alerta o economista Luciano Nakabashi, professor da Universidade Federal do Paraná (UFPR).

Despesas

Para o bancário Luiz Pizetta, no entanto, os ganhos dos últimos anos foram “reais” apenas em relação ao INPC. “As despesas da classe média sobem muito mais que a inflação medida pelo INPC. A gente ganha aumento de 7%, mas o colégio particular sobe 12%. Então eu não posso dizer que meu poder aquisitivo cresceu.”

“Os sindicatos ligados à central devem pedir de 5% a 10% de aumento real”, avisa Marisa Stédile, secretária-geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT). Na Força Sindical, a ordem é conseguir índices de ganho real maiores que os obtidos no primeiro semestre, que ficaram entre 1,5% e 2%, diz o secretário-geral da Força no Paraná, Clementino Vieira. A Fetiep, federação que reúne categorias industriais não organizadas em sindicatos, pretende exigir INPC mais metade da expansão do Produto Interno Bruto (PIB) ou seja, 3,6% de aumento real, considerando-se a estimativa de que o PIB crescerá 7,2% neste ano.

O Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba (SMC) pretende arrancar das montadoras e de outras empresas do setor um reajuste real superior a 3,7%. “Esse foi o índice mais baixo que conseguimos em 2009, um ano que começou bastante complicado. Como 2010 é um ano muito melhor, o índice tem de ser mais alto”, diz Jamil Dávila, secretário-geral do SMC.

“Astronômicos”

Os bancários devem fechar sua pauta de reivindicações no próximo fim de semana, em sua conferência nacional. Mas já anunciam que vão pedir, no mínimo, o repasse do INPC acumulado em 12 meses que deve ficar em 5,5% em setembro, segundo previsão do Dieese mais 5% de aumento real. “Os bancos fazem parte de um setor que, com crise ou sem crise, sempre apresenta resultados astronômicos. Nada mais justo que dividi-los com os trabalhadores”, argumenta Otávio Dias, presidente do Sindicato dos Bancários de Curitiba e Região.

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Saldo líquido de empregos supera marca de 10 milhões desde 2003

Comércio e serviços foram os que apresentaram o melhor desempenho no período, segundo dados do Caged

Ilton Caldeira, iG São Paulo | 15/07/2010 05:15 - Atualizada às 12:27

O dinamismo vigoroso da atividade econômica nos últimos anos contribuiu para o forte crescimento do mercado de trabalho no Brasil e o aumento da formalização da mão de obra. Com a divulgação dos dados de junho do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), o País ultrapassou a marca de 10 milhões de empregos líquidos (o saldo total de admissões e dispensas de empregados, sob o regime da Consolidação das Leis do Trabalho) criados desde 2003.

Até o mês de maio, o saldo líquido de empregos gerados no País era de 9.976.450 postos de trabalho. Com o resultado de junho, quando foram gerados 212.952 vagas, o saldo líquido atingiu 10.189.402.

Na avaliação de especialistas e estudiosos que acompanham a evolução do mercado de trabalho, esse resultado representa um dos melhores desempenhos da história recente do País, talvez só comparável ao período de forte crescimento da economia na década de 70 que ficou conhecido como “Milagre Brasileiro”.

Como o Caged sofreu uma mudança na metodologia em 2002, os dados consolidados anteriormente, desde 1992, não podem ser utilizados para efeito de comparação com o atual desempenho, segundo os analistas, sob o risco de gerar distorções e erros de interpretação.

Desempenho por região

A maior responsável por esse movimento de forte ampliação de vagas no mercado formal foi a região Sudeste. Desde janeiro de 2003, o saldo de empregos gerados nos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo é de cerca de 5,7 milhões de postos de trabalho, sendo que a maior parte desse desempenho, cerca de 1,9 milhão de vagas líquidas, foi registrado na região metropolitana de São Paulo.

O desempenho na capital paulista e nas demais cidades da Grande São Paulo, equivale ao saldo líquido de empregos nos três Estados do Sul do País, desde 2003, a segunda melhor colocada entre as cinco regiões do Brasil. Nesse período, até maio de 2010, a região Sul acumula um saldo de aproximadamente 1,9 milhão de vagas, seguida pela região Nordeste, que tem um saldo líquido de cerca de 1,3 milhão de vagas.

As regiões Centro-Oeste, com um saldo líquido de 660 mil vagas, e Norte, com 380 mil vagas, também apresentaram avanços significativos, mas não na mesma intensidade verificada nas demais áreas do País, onde a atividade econômica apresentou um ritmo mais intenso.

Para o economista Fábio Romão, da consultoria LCA, além da forte expansão do mercado de trabalho, o principal ponto positivo é o processo crescente de formalização da mão de obra. “Isso aumenta o nível de confiança na economia e melhora o acesso das pessoas ao crédito, impulsionando diversos setores.”

Segundo Romão, esse processo de melhora do cenário no mercado de trabalho aconteceu na esteira do crescimento sustentado da economia entre 2004 e 2008. “ No início de 2009 houve uma interrupção nesse desempenho, por causa dos efeitos da crise financeira no fim de 2008. Mas já no segundo semestre do ano passado, muitos setores iniciaram uma volta ao ritmo de antes da crise e desde então a atividade tem sido muito intensa.”

Serviços e comércio

Os setores de serviços, com um saldo líquido de quase 4 milhões de vagas, e comércio, com 2,5 milhões de postos de trabalho foram os que apresentaram o desempenho mais vigoroso desde 2003, tendo sido reponsáveis por mais da metade do resultado consolidado verificado até o momento.

O setor industrial foi o mais atingido, num primeiro momento, pelos efeitos da crise financeira, mas voltou logo a se recompor e acumula um saldo de cerca de 2 milhões de empregos líquidos em pouco mais de sete anos. Já o segmento de construção civil passou praticamente ileso pelo período de turbulência na economia e manteve o ritmo de geração de empregos, acumulando um resultado líquido de 930 mil postos.

Para os especialistas, o processo de desindustrialização do emprego formal indica que o Brasil está evoluindo para um cenário já consolidado em economias mais maduras, como a dos Estados Unidos e em alguns países da Europa, onde a participação da população no emprego industrial vem caindo à medida que o setor de serviços se expande. “ Essa mudança no perfil do emprego não é negativa e indica que a economia brasileira está buscando outras formas de crescer”, afirma o economista da Gradual Investimentos, André Perfeito.

Na avaliação do economista João Paulo dos Reis Velloso, que foi titular do Ministério do Planejamento de 1969 a 1979, um elemento importante para manter e ampliar o crescimento da economia e do mercado de trabalho é o investimento tanto público, quanto o privado. “Além disso, é necessário qualificar melhor a mão de obra e gerar melhores posto de trabalho”, diz.

Síntese do comportamento do emprego em Junho segundo o CAGED/MTE

Brasil

O saldo de vagas no Brasil apresentou o segundo melhor junho da série histórica do CAGED (perdendo apenas para junho de 2008 com 309.442 vagas). Em junho foram 212.952 postos de trabalho no mês, um crescimento de 0,62% no estoque de emprego. Em relação ao mês anterior, houve uma queda do saldo de 28,5% (298.041 vagas em maio) e em relação ao mesmo mês do ano anterior houve um crescimento de 78,2% (119.495 vagas em junho de 2009).
O saldo acumulado no primeiro semestre do ano chegou a 1.473.320 vagas (crescimento de 4,5% do estoque de empregos no ano), em 2009 o saldo para o período havia sido de apenas 299.506 vagas. O saldo gerado nos seis primeiros meses de 2010 foi o melhor da série histórica (8,2% acima do mesmo período de 2008, melhor resultado até então com 1.361.388 vagas).
O setor que mais contribuiu para o saldo de junho foi Serviços com 57.450 vagas.

Região Metropolitana de Campinas
Na Região Metropolitana de Campinas foram gerados 2.005 postos de trabalho (dados de Holambra não inclusos), um crescimento de 0,25% sobre o estoque de mão de obra de maio e aumento do saldo em 83,9% em relação a junho de 2009 (1.091 vagas). No acumulado do ano já são 34.358 vagas, saldo 11 vezes maior que o mesmo período de 2009 (3.025 vagas). Esse período foi o melhor da RMC desde sua criação em 2000. O destaque na RMC foi a Indústria com 1.639 vagas.

Campinas

Campinas apresentou o segundo melhor semestre da série histórica do CAGED com 9.066 vagas, ficando atrás apenas do primeiro semestre de 2008 com 11.988 vagas. Em apenas um semestre, Campinas conseguiu gerar um saldo 72,1% superior ao gerado em todo o ano de 2009 (5.268 vagas).
Em junho, o município apresentou uma desaceleração no saldo de vagas tendo apresentado apenas 289 vagas, o que corresponde a 14,4% do total de vagas geradas na RMC. Esse número foi 18,4% inferior ao resultado de junho de 2009 (354 vagas) e 86,5% inferior ao saldo de maio de 2010 (2.143 vagas).
O setor que se destacou no município em junho foi a Indústria com uma geração de 334 postos de trabalho, 106,2% superior a maio (162 vagas). No primeiro semestre esse setor acumulou 2.388 vagas, saldo bastante expressivo em comparação ao saldo negativo do primeiro semestre de 2009 com 2.020 vagas.
O setor de Serviços veio em seguida com 208 vagas, queda de 80,0% em relação ao mês anterior (1.040 vagas) e crescimento de 77,8% em relação ao mesmo mês do ano anterior (117 vagas em junho de 2009). Apesar da queda em junho, esse setor acumulou no primeiro semestre 5.214 vagas, saldo 67,2% acima do acumulado no primeiro semestre de 2009 (3.119 vagas).
O setor de Comércio também apresentou saldo negativo no mês (-97), mas no acumulado do semestre conta com 1.057 vagas, resultado bastante superior ao saldo obtido no mesmo período do ano anterior (-353 vagas no primeiro semestre de 2009).

quinta-feira, 15 de julho de 2010

AVISO DE PAUTA - CAGED

Data: 15/07/2010 (quinta-feira)
Hora: 11h
Local: MTE - Esplanada dos Ministérios, Bloco F, Sala 433. Brasília - DF.

Assunto: O ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, anuncia os números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) referentes ao mês de junho de 2010.

terça-feira, 13 de julho de 2010

Em 13 anos, 12,8 milhões saíram da pobreza absoluta, mostra Ipea

Taxa de pobreza absoluta caiu de 43,4% em 1995 para 28,8% em 2008.
Distribuição de renda só registrou piora no Distrito Federal.

Quase 13 milhões de brasileiros saíram da pobreza absoluta entre 1995 e 2008, segundo levantamento do Instituto Brasileiro de Pesquisas Econômicas (Ipea). Com isso, essa faixa, que considera famílias com rendimento médio por pessoa de até meio salário mínimo mensal, recuou de 43,4% para 28,8% do total da população no período.

A maior queda foi verificada na região Sul, onde a porcentagem da população em pobreza absoluta recuou 47,1%, de 34% para 13% do total. Com isso, a região ultrapassou o Sudeste como detentora do melhor indicador – no conjunto dos quatro estados desta região, a população em pobreza absoluta recuou de 29,9% para 19,5% do total.

Na região Nordeste, houve queda de 28,8% na taxa de pobreza absoluta. Ainda assim, 49,7% da população local vivia, em 2008, com até meio salário mínimo mensal – em 1995, essa porcentagem era de 69,8%

Para acessar a matéria completa, clique no link abaixo:
http://g1.globo.com/economia-e-negocios/noticia/2010/07/em-13-anos-128-milhoes-sairam-da-pobreza-absoluta-mostra-ipea.html

terça-feira, 6 de julho de 2010

Otimismo dos consumidores continua estável

JORNAL DA MÍDIA (BA) • BRASIL • 5/7/2010 • 13:04:08

Brasília – Os consumidores brasileiros estão mais otimistas em relação à queda da inflação, à expansão da renda pessoal, à redução do endividamento pessoal e à melhoria da situação financeira do país, de acordo com o Índice Nacional de Expectativa do Consumidor (Inec) divulgado hoje (5) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).A pesquisa da CNI, realizada com 2.002 pessoas, entre 18 e 21 de junho, revela que o Inec de junho alcançou 114,6%, comparado a uma base fixa de 100 pontos. As expectativas positivas dos consumidores cresceram 4,1% em relação ao mesmo mês do ano passado, depois de quedas seguidas em março e abril deste ano, com melhora em maio e agora está 5,6% acima da média histórica de 109%.

De modo geral, o Inec se manteve estável na comparação com o mês anterior, com evolução mais significativa em relação à expectativa de queda da inflação. Posição confirmada por pesquisa do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), também divulgada hoje, segundo a qual o preço da cesta básica de alimentos caiu, no mês de junho, em 16 das 17 capitais pesquisadas.

A pesquisa mensal da CNI para colher o Inec observou melhoras quanto à redução do endividamento das famílias, em relação ao mês anterior, e com isso o indicador de renda pessoal aumentou 0,7% no mês. Houve queda, contudo, no otimismo em relação ao emprego, na comparação com maio último, mas a expectativa está 7,2% acima da de junho do ano passado.

A CNI informou que, além da queda de otimismo em relação ao emprego, a expectativa de compras de maior valor também recuou de 112,5 pontos, em maio, para 111,6 pontos em junho, depois de se manter estável nos meses de março e abril. A redução também foi acompanhada pelo indicador de compras de bens duráveis, nas mesmas proporções, mas ambos permanecem 2,7% acima dos registros de junho de 2009.

Inflação fica próxima a zero em junho

O Índice do Custo de Vida – ICV - calculado pelo DIEESE – Departamento Intersindical de Estatística e Estudo Socioeconômico - ficou em 0,02% em junho, a menor taxa desde a detectada em fev/09. Neste mês, caiu acentuadamente, apresentando diferença com relação à de maio (0,15%) da
ordem de -0,13 pontos percentuais (pp.).

Os grupos com maiores aumentos em seus valores foram: Habitação (0,98%) e Despesas Pessoais (2,88%) e quedas de preços foram observadas na Alimentação (-0,85%) e Transporte -0,45%).

A alta ocorrida na Habitação foi maior para o subgrupo da conservação do domicílio (3,28%),devido ao reajuste da mão de obra da construção civil (4,70%). A taxa da locação, impostos e condomínio (1,42%) foi conseqüência dos aumentos ocorridos em todos os seus itens: locação (1,42%); condomínio (1,06%) e impostos (2,22%); o subgrupo da operação (0,18%) pouco alterou seus valores.

O reajuste no preço do cigarro (6,46%) foi o responsável pela taxa elevada do grupo das Despesas Pessoais (2,88%), este produto respondeu sozinho com 0,11 pp. no cálculo do ICV deste mês de junho.

A queda nos preços da Alimentação (-0,85%) ocorreu nos subgrupos: produtos in natura e semielaborados (-1,56%) e nos da indústria alimentícia (-0,67%); já alimentação fora do domicílio (0,36%), foi o único subgrupo a apresentar variação positiva.

O estudo na íntegra pode ser consultado através do link: http://www.dieese.org.br/rel/rac/racjul10.xml

O ICV não é calculado para a Região Metropolitana de Campinas

quarta-feira, 23 de junho de 2010

93% das categorias conquistaram aumentos reais em 2009, revela Dieese

FEEB-PR (PR) • NOTÍCIAS • 22/6/2010

Apenas 28 categorias tiveram índices de reajuste inferiores ao da inflação. O Balanço dos Pisos Salariais Negociados em 2009 aponta ainda que 96% das negociações para reajuste de pisos salariais resultaram, no mínimo, na reposição das perdas salariais ocorridas desde a última data-base.

Apesar dos efeitos que a crise internacional impôs à economia brasileira, a partir do último trimestre de 2008, nada menos do que 590 categorias de trabalhadores - 93% do total de 635 categorias pesquisadas - conquistaram aumento real de salários nas negociações que mantiveram com as empresas no ano passado revelou, na última sexta-feira (18), o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

Apenas 28 categorias tiveram índices de reajuste inferiores ao da inflação. O Balanço dos Pisos Salariais Negociados em 2009 aponta ainda que 96% das negociações para reajuste de pisos salariais resultaram, no mínimo, na reposição das perdas salariais ocorridas desde a última data-base.

Luís Ribeiro, o técnico do Dieese responsável pela pesquisa, disse que 6% dos reajustes se deram sobre pisos salariais de até R$ 465 e outros 25% entre R$ 465 e R$ 500. A faixa de R$ 500 a R$ 600 representou 37% dos pisos reajustados. De R$ 600 a R$ 700, quase 15%. A faixa de R$ 700 a R$ 800 representou 7% dos pisos pesquisados. Negociações sobre pisos superiores a R$ 800 representaram 10% do total.

De acordo com o analista, o sucesso na maioria das negociações está diretamente ligado à conjuntura econômica de crescimento e ao aumento do número de empregos formais.

"As negociações estão conseguindo trazer para os salários esses ganhos que estão sendo vistos na sociedade".

No setor rural, que paga os salários mais baixos, 97% dos pisos salariais tiveram aumento real em 2009. Mas os maiores índices de aumento foram conquistados pelos trabalhadores nas negociações com a indústria.

O setor industrial foi o que mais concedeu aumentos reais superiores a 10%. Em contrapartida, também foi na indústria que o Dieese identificou maior perda no piso salarial.

No comércio, segundo o Dieese, houve maior concentração dos reajustes nas faixas de aumento real entre 2,01% a 6% acima da taxa de inflação. E no setor de serviços a pesquisa identificou a maior incidência de reajustes abaixo da variação do INPC, assim como a maior proporção de reajustes iguais à inflação e com aumentos reais de até 2% entre os segmentos analisados.

O Dieese ressaltou, contudo, que isso não significa que os menores pisos salariais estejam concentrados nos serviços.

Em valores absolutos, metade dos pisos ficou abaixo de R$ 540 mensais.

"Se, por um lado, é possível destacar o bom desempenho da negociação dos pisos salariais em 2009 no que diz respeito, especificamente, aos reajustes, por outro, chama atenção o fato de que os valores dos pisos ainda são fortemente referenciados pelo salário mínimo", assinala o Dieese. (Fonte: Brasília Confidencial)

terça-feira, 22 de junho de 2010

Agenda - Fórum Metropolitano do Trabalho

No dia 30 de junho será realizado em Cosmópolis mais um evento do Fórum Metropolitano do Trabalho das 9h00 às 13h00.

Serão apresentados os dados do CAGED de maio para a RMC e será feita uma aula sobre indicadores do mercado de trabalho.

A programação será divulgada em breve.

Melhor maio da série histórica do CAGED para o país: 298.041 vagas

O saldo de vagas no Brasil apresentou o melhor maio da série histórica. Foram 298.041 postos de trabalho em maio, crescimento de 0,90% no estoque de emprego. Em relação ao mês anterior, houve uma queda do saldo de 2,3% (305.068 vagas em abril) e em relação ao mesmo mês do ano anterior houve um crescimento de 126,5% (131.557 vagas). O saldo acumulado nos cinco primeiros meses do ano chegou a 1.260.368 vagas (crescimento de 3,8% do estoque no ano), em 2009 o saldo para o período havia sido de apenas 180.011 vagas. O saldo gerado nos primeiros cinco meses de 2010 já superou o total gerado ao longo de 2009 (995.110 vagas) e foi o melhor período da série histórica (19,8% acima do mesmo período de 2008, melhor resultado até então com 1.051.946 vagas). O setor que mais contribuiu para esse crescimento foi a Serviços com 86.104 vagas.

Na Região Metropolitana de Campinas foram gerados 6.651 postos de trabalho (dados de Holambra inclusos), um crescimento de 0,82% sobre o estoque de mão de obra de abril e queda do saldo de 7,1% em relação ao mês anterior (abril de 2010 com 7.161 vagas). No acumulado do ano já são 32.417 vagas, saldo bastante superior ao mesmo período de 2009 (1.935 vagas). Esse período foi o melhor da RMC desde sua criação em 2000). O destaque na RMC foi o setor de Serviços com 2.101 vagas,

Campinas acompanhou o crescimento do país apresentando saldo de 2.143 vagas (3º melhor resultado do Estado de São Paulo, ficando atrás do município de São Paulo e Matão), o que corresponde a 32,5% do total de vagas geradas na RMC. Esse número foi 306,6% superior ao resultado de maio de 2009 (527 vagas) e 25,6% superior ao saldo de abril de 2010 (1.706 vagas). Maio apresentou o segundo melhor resultado do ano. No ano já são 8.777 vagas, resultado bastante superior as 1.440 vagas do mesmo período de 2009 (509,5% de crescimento). Em apenas cinco meses, Campinas conseguiu gerar um saldo 66,6% superior ao gerado em todo o ano de 2009 (5.268 vagas). O acumulado dos cinco primeiros meses do ano foi o segundo melhor do município, perdendo apenas para 2008 (9.433 vagas).

O destaque no município foi novamente o setor de Serviços com uma geração de 1.040 postos de trabalho, 85,4% superior a maio do ano anterior e aumento de 98,5% em relação ao mês anterior (abril de 2010 com 524 vagas). O Comércio veio logo em seguida com 938 postos de trabalho, saldo 221,2% superior ao mesmo mês do ano anterior e 117,6% superior a abril de 2010 (431 vagas). As vendas do dia das mães e para a copa do mundo auxiliaram nesse resultado. A Indústria da Transformação apresentou saldo de 162 vagas, queda de 50,2% no saldo em relação ao mês anterior (325 vagas). A Construção Civil teve saldo positivo de apenas 27 vagas os demais setores apresentaram saldo negativo.