Blog do Observatório do Trabalho


Este é um espaço aberto para discussões sobre o mundo do trabalho e políticas públicas relacionadas a Trabalho, Emprego e Renda na Região Metropolitana de Campinas. Ele está a disposição de todos aqueles que discutem essa temática, sejam eles dirigentes sindicais, gestores públicos, políticos, acadêmicos entre outros.


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terça-feira, 18 de maio de 2010

1º quadrimestre do ano é novo recorde histórico no país e na RMC

O saldo de vagas no Brasil cresceu pelo quarto mês consecutivo. Foram 305.068 postos de trabalho em abril, melhor resultado para o mês na série histórica do CAGED, com crescimento de 0,92% do estoque de emprego. Em relação ao mês anterior, o crescimento do saldo foi de 14,5% (266.415 vagas em março) e em relação ao mesmo mês do ano anterior foi de 187,2% (106.205 vagas). O saldo acumulado no quadrimestre chegou a 962.327 vagas (crescimento de 2,9% do estoque no ano), no primeiro quadrimestre de 2009 o saldo tinha sido de apenas 48.454 vagas. O saldo gerado apenas no primeiro quadrimestre de 2010 já é quase o saldo total gerado ao longo de 2009 (995.110 vagas). O setor que mais contribuiu para esse crescimento no país foi a Indústria da Transformação com 83.059 vagas (27,3% das vagas, isto é, a cada 4 vagas geradas no país, uma foi na indústria).

Na Região Metropolitana de Campinas foram gerados 7.151 postos de trabalho (saldo de Holambra não incluso), um crescimento de 0,88% sobre o estoque de mão de obra de março e crescimento do saldo de 3,1% em relação ao mês anterior (março de 2010 com 6.934 vagas). No acumulado do quadrimestre já são 25.747 vagas, saldo bastante superior ao 1º quadrimestre de 2009 (-259 vagas). Esse foi o melhor 1º quadrimestre da RMC da série histórica do CAGED.

O destaque da RMC foi a Indústria de Transformação com 2.096 postos, saldo bastante superior ao de abril de 2009 (-624 vagas). O setor de serviços veio em seguida com 2.049 postos, 23,9% superior a abril de 2009. O Comércio também merece destaque com saldo de 1.240 postos, confirmando a recuperação esperada para o setor no mês. O setor da Construção Civil veio em seguida com saldo de 1.168 vagas, crescimento de 36,8% em relação ao mesmo mês do ano anterior.

Campinas acompanhou o crescimento do país apresentando saldo de 1.706 vagas (9º melhor resultado do Estado de São Paulo), o que corresponde a 23,8% do total de vagas geradas na RMC. Esse número foi 135,3% superior ao resultado de abril de 2009 (725 vagas) e 26,2% inferior ao saldo de março de 2010. No quadrimestre já são 6.634 vagas, resultado bastante superior as 913 vagas do primeiro trimestre de 2009 (626,6% de crescimento). Em apenas um quadrimestre, Campinas conseguiu gerar um saldo 25,9% superior ao gerado em todo o ano de 2009 (5.268 vagas). Esse foi o segundo melhor quadrimestre do município, perdendo apenas para o 1º quadrimestre de 2008 com 8.403 vagas.

O destaque no município foi novamente o setor de Serviços com uma geração de 524 postos de trabalho, 69% superior a abril do ano anterior e queda de 66% em relação ao mês anterior (março de 2010). A Construção Civil veio logo em seguida com 465 postos de trabalho e foi o grande destaque do município, esse saldo foi 45,8% superior ao mesmo mês do ano anterior e 45,7% superior a março de 2010 (319 vagas). Esse resultado mostra que a Construção Civil voltou a se reaquecer. O Comércio veio em seguida com 431 vagas e a Indústria teve saldo de 325 vagas (216,5% em relação a abril de 2009). Administração pública e outros setores tiveram saldo negativo de 24 e 15 vagas, respectivamente.

segunda-feira, 17 de maio de 2010

DIVULGAÇÃO DOS DADOS DO CAGED DE ABRIL/2010

Data: 17/05/2010 (Segunda-feira)
Hora: 15h
Local: MTE - Esplanada dos Ministérios, Bloco F, Sala 433. Brasília - DF.

Assunto: O ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, anuncia os números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) referentes ao mês de abril de 2010.

Os dados para Campinas e Região serão divulgados em torno das 17h00. O Observatório do Trabalho enviará um Boletim Informativo com os dados divulgados. O Relatório completo de análise dos dados será divulgado na próxima semana.

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Construção civil criará 180 mil vagas em 2010, aponta Dieese

JORNAL DO COMÉRCIO (RS) • ECONOMIA • 11/5/2010 • 18:59:23

A construção civil deverá gerar um saldo de 180 mil empregos formais no País em 2010, de acordo com estimativa do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), divulgada nesta terça-feira (11). O número é pouco maior que os 177.185 novos empregos criados em 2009. Os empregos formais correspondem a apenas 28% da força de trabalho do setor, segundo o estudo da entidade a partir dos números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho.

O Dieese avalia que as perspectivas de investimentos no setor, em programas como o "Minha Casa, Minha Vida" e as obras necessárias para a Copa 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016, devem fazer com que o emprego na construção civil siga em alta. Na avaliação da entidade, os setores que receberão os maiores investimentos ao longo deste ano serão o imobiliário residencial e o energético.

"A meta é que os investimentos cresçam de R$ 476 bilhões para R$ 625 bilhões. No setor imobiliário, os investimentos deverão passar de R$ 170 bilhões (2009) para 202 bilhões. A Copa deverá injetar pelo menos R$ 155,7 bilhões na economia brasileira, conforme estudo da Fundação Getúlio Vargas", informa o estudo do Dieese. A Associação Brasileira de Engenharia Industrial (Abemi) estima que o setor da Construção será responsável pela criação de 3,5 milhões de empregos em função da Copa 2014.

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Um em cada quatro estabelecimentos na RMC possui apenas um vínculo empregatício

Foi realizado ontem pelo Observatório do Trabalho o Seminário: "A Gerãção de Emprego nos Pequenos Negócios da Região Metropolitana de Campinas".

Ao longo de 2009, foram geradas mais de 20 mil vagas de emprego nos estabelecimentos com menos de 9 vínculos empregatícios, enquanto os demais estabelecimentos tiveram saldo negativo superior a 2 mil vagas. Nos anos anteriores, a tendência de maiores contratações nos estabelecimentos menores também foi veirificada, fato que chama atenção para esses pequenos, responsáveis pela geração de vagas e pela matunção do emprego principalmente em 2009, ano que a economia sofreu com a crise internacional.

Atualmente existem na RMC em torno de 52 mil estabelecimentos dos quais 77,1%, isto é 40,5 mil, possuem até 9 empregados. Em relação ao número de empregados, 15% da mão de obra formal está empregada nesses estabelecimentos.

Esses dados mostram o quanto esses pequenos são importantes para o emprego na RMC, merecendo maior atenção dos órgãos públicos no que se refere a elaboração de políticas públicas de auxílio a esses estabelecimentos para que, além de gerarem mais vagas, essas vagas tenham, cada vez mais, maior qualidade e maior nível de remneração.

O estudo completo será encaminhado aos membros. Caso ainda não seja cadastrado para receber os relatórios e estudos do Observatório do Trabalho, enviei um e-mail para ajungbluth@dieese.org.br solicitando sua inclusão.

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Seminário - Retificação

Gostaríamos de fazer uma retificação na programação do Seminário "A Geração de Emprego nos Pequenos Negócios da Região Metropolitana de Campinas".

Ele será realizado no dia 05/05 (quarta-feira) e terá início às 9h00 (e não às 8h30 como foi informado anteriormente) no CPAT-Campinas.

Endereço:
CPAT – Centro Público de Apoio ao Trabalhador – Campinas
Avenida Dr. Campos Sales, 427 - Centro


Programação:

09h00 Abertura
Maristela Braga – Secretária Municipal de Trabalho e Renda

09h15 Painel:
A Geração de Emprego nos Pequenos Negócios da Região Metropolitana de Campinas

Apresentação:
Adriana Jungbluth – DIEESE/Observatório do Trabalho

Debatedores:
Anselmo Luis dos Santos – Professor Doutor e Pesquisador do CESIT-IE/UNICAMP
Tais Fernanda Camargo Antonio – Analista de Negócios do Sebrae (Escritório Regional Sudeste Paulista)
Laerte Martins – Observatório do Trabalho


11h30 Encerramento

Mínimo completa 70 anos valendo a metade do seu valor inicial

CÂMARA FEDERAL (DF) • ÚLTIMAS NOTÍCIAS • 30/4/2010 • 18:33:00

Neste sábado, quando completa 70 anos, o atual salário mínimo (R$ 510) vale aproximadamente a metade do que valia na data da sua criação, segundo cálculo do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

Em 1º de abril de 1940, o salário mínimo de São Paulo era de 220 mil réis, que equivalem a R$ 1.109. Apesar de ser exato, esse número é apenas uma referência. "É difícil comparar, porque o padrão de consumo era diferente. Por exemplo, muito do que se comia em casa vinha da horta no quintal", observa o supervisor técnico do Dieese no Distrito Federal, Clóvis Scherer.

Havia 14 mínimos diferentes, que variavam conforme o custo de vida de cada região, mas supostamente todos compravam as mesmas coisas. No interior do Nordeste, por exemplo, o mínimo era de 90 mil réis, enquanto o do Rio de Janeiro (o maior do País) era de 240 mil réis. O único valor atualizado pelo Dieese foi o de São Paulo.

Atualmente, 32,4 milhões de brasileiros recebem o mínimo, segundo o professor do Instituto de Economia da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) Rodolfo Hoffmann. Desse total, 18,5 milhões são aposentados e pensionistas e 13,9 milhões são empregados. Segundo o Dieese, o mínimo é referência para os rendimentos de 46 milhões de brasileiros.


Oscilações

Desde sua criação, o salário mínimo oscilou, sempre refletindo o momento político e econômico do País. Teve uma trajetória de queda nos anos de inflação alta, principalmente na década de 80, mas começou a recuperar seu poder de compra a partir do Plano Real, em 1994, e principalmente nos últimos anos. Entre abril de 2002 e janeiro de 2010, teve um aumento real (descontada a inflação) de 53,67%.


O valor de hoje é o maior desde 1986, quando o salário médio real foi de R$ 517,22. O menor valor real da história do salário mínimo foi R$ 249,56, em 1995. O maior valor real, ainda segundo o Dieese, foi em janeiro de 1959 (governo JK), quando chegou a R$ 1.612 (valor atualizado).


Política de valorização

Para evitar a volta das oscilações para baixo, a Câmara discute uma política de valorização do mínimo. A Medida Provisória 474/09, que tranca a pauta do Plenário, aumentou seu valor de R$ 465 para R$ 510 em 1º de janeiro passado. Essa MP também contém diretrizes para a política de valorização do mínimo, com base na reposição integral da inflação do ano anterior somada a um aumento real equivalente à variação anual do Produto Interno Bruto (PIBIndicador que mede a produção total de bens e serviços finais de um país, levando em conta três grupos principais: - agropecuária, formado por agricultura extrativa vegetal e pecuária; - indústria, que engloba áreas extrativa mineral, de transformação, serviços industriais de utilidade pública e construção civil; e - serviços, que incluem comércio, transporte, comunicação, serviços da administração pública e outros. A partir de uma comparação entre a produção de um ano e do anterior, encontra-se a variação anual do PIB.) registrada dois anos antes.


Segundo o texto, o Poder Executivo enviará ao Congresso até março de 2011 projeto de lei com as diretrizes de valorização do mínimo entre 2012 e 2023. O senador Paulo Paim (PT-RS) apresentou emenda à MP para vincular o aumento de aposentadorias e pensões ao reajuste do mínimo.



Próximo reajuste

Enquanto não se define a política de valorização, os deputados já se preocupam com o aumento do próximo ano. Arnaldo Faria de Sá e Paulo Pereira da Silva afirmam que não será possível levar em conta, nesse reajuste, a variação do PIB em 2009, que foi negativa (-0,2%). Os parlamentares estão negociando com o governo para que seja considerado o PIB de 2010.

sexta-feira, 30 de abril de 2010

SEMINÁRIO EM COMEMORAÇÃO AO DIA INTERNACIONAL DO TRABALHO

A Geração de Emprego nos Pequenos Negócios da Região Metropolitana de Campinas

05 de Maio de 2010
CPAT – Centro Público de Apoio ao Trabalhador – Campinas
Avenida Dr. Campos Sales, 427 - Centro
08h30 às 12h00

Programação


08h30 Café da manhã e cadastramento



09h00 Abertura
Maristela Braga – Secretária Municipal de Trabalho e Renda



09h15 Painel:

A Geração de Emprego nos Pequenos Negócios da Região Metropolitana de Campinas

Apresentação:
Adriana Jungbluth – DIEESE/Observatório do Trabalho


Debatedores:
Anselmo Luis dos Santos – Professor Doutor e Pesquisador do CESIT-IE/UNICAMP
Tais Fernanda Camargo Antonio – Analista de Negócios do Sebrae (Escritório Regional Sudeste Paulista)
Laerte Martins – Observatório do Trabalho



11h30 Encerramento


Participe!

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Crescimento esperado do desemprego

Em comportamento típico para este período do ano, a taxa de desemprego metropolitano passou de 13,0%, em fevereiro, para 13,7%, em março. Apesar do crescimento, a taxa é a menor para o mês de março, desde 1998, no conjunto das regiões acompanhadas pelo Sistema PED (Pesquisa de Emprego e Desemprego) - Distrito Federal e regiões metropolitanas de Belo Horizonte, Porto Alegre, Recife, Salvador e São Paulo. A pesquisa é realizada pelo convênio mantido entre DIEESE e Fundação Seade, com o apoio do Ministério do Trabalho e Emprego e parceria com instituições e governos regionais, e registrou ainda uma queda de 9,3% na taxa quando a comparação é feita com março de 2009, ocasião em que o desemprego correspondia a 15,1% da população economicamente ativa.

Ainda que o crescimento da PEA - que totalizou 20.190 mil pessoas, em março, nas regiões pesquisadas - tenha sido pouco expressivo no mês (11 mil pessoas incorporaram-se ao mercado de trabalho), o total de desempregados chegou a 2.767 mil, o que representa um aumento de 149 mil pessoas em relação ao mês anterior. Este incremento resultou da redução de 0,8% no nível de ocupação, com o fechamento de 137 mil postos de trabalho. Assim, o total de ocupados nas seis regiões investigadas foi estimado em 17.423 mil pessoas. Em comparação com março de 2009, porém, o total de desempregados é de 228 mil a menos e o número de ocupados de 591 mil a mais.

O fechamento de postos de trabalho é esperado no primeiro trimestre, quando são dispensados trabalhadores contratados para dar conta do aquecimento da economia habitual dos últimos meses de cada ano. Em março, a eliminação de vagas concentrou-se no setor Serviços (-115 mil ocupações) e no Comércio (- 55 mil). Por outro lado, a Indústria mostrou aquecimento, com a abertura de 31 mil postos. Também a Construção Civil teve comportamento positivo, com a criação de 21 mil empregos. A compararação em 12 meses indica um crescimento no total de ocupações de 3,5%, resultado do bom desempenho de quase todos os setores. O maior crescimento ocorreu na Construção Civil (11,6%). No Comércio o avanço foi de 5,5% e na Indústria, de 4,4%.

Apesar da redução no total de ocupados, foi mantida a geração de postos com carteira assinada no setor privado (42 mil). Nos demais segmentos, houve eliminação de vagas, como, por exemplo, para assalariados sem carteira, autônomos e empregados domésticos. Também em relação a março de 2009 o principal destaque é a expansão do total de postos com vínculo formal, que cresceu 8,4%.

O rendimento médio real dos ocupados praticamente não variou em fevereiro (-0,1%) e seu valor ficou em R$ 1.274. Para o salário médio real, houve queda de 0,7%, e ele correspondeu a R$ 1.340. Na comparação com fevereiro de 2009, tanto o rendimento dos ocupados quanto o dos assalariados registraram crescimento de 0,4%.


Comportamento das regiões

Em março, o desemprego cresceu em todas as sete regiões onde o DIEESE e a Fundação Seade, com o apoio do MTE, realizam a Pesquisa de Emprego e Desemprego. O maior incremento (7,4%) ocorreu em São Paulo, onde a taxa passou de 12,2%, em fevereiro, para 13,1%. Em 12 meses, porém, houve recuo de 12,1%, uma vez que em março de 2009, a taxa correspondia a 14,9%. Em Salvador, a taxa aumentou 5,9%, passando de 18,8% em fevereiro, para 19,9%, em março. Em comparação com o ano passado - quando a taxa foi de 20,1% - houve queda de 1,0%. Na RM de Belo Horizonte, o desemprego cresceu 5,2%, com a taxa evoluindo de 9,7% para 10,2%, na comparação entre fevereiro e março. Em março de 2009 a taxa era igual a atual. No Distrito Federal, a taxa de 14,7%, registrada em março, é 4,3% maior que a de fevereiro (14,1%) e 14,5% menor que a de março de 2009 (17,2%). Em Fortaleza, região ainda não incluída na taxa metropolitana, a taxa de desemprego alcançou 10,2%, em março contra 9,9%, em fevereiro e 12,8% de março do ano passado. A taxa de desemprego, em Porto Alegre ficou, em março, em 9,8%, 2,1% maior que a de fevereiro (9,6%) e 16,2% menor que a de março de 2009 (11,7%). Recife apresentou o menor crescimento da taxa (1,6%), em março (9,8%) comparado com fevereiro (9,6%). Em relação a março de 2009 a taxa caiu 4,9%, pois então correspondia a 20,3%.

Em março, o nível de ocupação teve variação negativa em todas as regiões pesquisadas. Em Salvador, a queda foi de 1,3%; em São Paulo, de 0,9%; em Fortaleza, de 0,7%; em Belo Horizonte, de 0,6%; no Distrito Federal, de 0,6% e em Porto Alegre houve retração de 0,4%. Em Recife foi apurada relativa estabilidade (-0,1%). Na comparação anual, todas as regiões apresentaram desempenho positivo: Distrito Federal, alta de 6,1%; Fortaleza, 5,9%; Recife, 4,4%; São Paulo, 3,8%; Salvador, 2,4%; Belo Horizonte, 2,3% e Porto Alegre, 2,1%.

O rendimento médio real dos ocupados teve comportamento diferenciado nas regiões pesquisadas, em fevereiro comparado com janeiro. No Distrito Federal, houve redução de 1,6%, com seu valor passando a R$ 1.811. Também em São Paulo, ocorreu queda, neste caso de 0,6%, e o valor médio correspondeu a R$ 1.309. O mesmo recuo foi verificado em Belo Horizonte, com seu valor ficando em R$ 1.295. Em Salvador houve relativa estabilidade (-0,1%) e seu valor foi de R$ 1.024. Recife apresentou crescimento de 2,9%, com o valor médio chegando a R$ 841; em Porto Alegre o aumento foi de 2,7%, passando a equivaler, em média, a R$ 1.267; e em Fortaleza, houve incremento de 2,2%, e passou a corresponder a R$ 795. Também em 12 meses o comportamento do rendimento médio real foi diferenciado, com elevação em Recife (5,9%), Belo Horizonte (3,4%), Salvador (2,1%) e Porto Alegre (2,0%). Por outro lado, houve queda no Distrito Federal (-6,4%) e em Fortaleza (-1,2%) e relativa estabilidade em São Paulo (-0,2%).


Infelizmente, essa Pesquisa ainda não é realizada na Região Metropolitana de Campinas, portanto, não existem dados disponíveis para a região.

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Emprego com carteira já passa de 50%

O Estado de S. Paulo - 26/04/2010

Raquel Landim

Décimo terceiro salário, férias remuneradas, fundo de garantia e aposentadoria não são mais privilégios de uma minoria de brasileiros. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelam que, pela primeira vez em 16 anos, metade dos trabalhadores das metrópoles do País tem a carteira assinada pelas empresas do setor privado.

A fatia de contratados em regime de CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) atingiu 50,3% do total de ocupados em janeiro e 50,7% em fevereiro, conforme o IBGE. A informalidade nas metrópoles está em um de seus níveis mais baixos: 36,7% dos ocupados (18,1% trabalham sem carteira assinada e 18,6% por conta própria). Em fevereiro, os empresários respondiam por 4,5% do total, militares e funcionários públicos por 7,5%.

É a primeira vez que o setor privado emprega com registro metade dos trabalhadores das grandes cidades desde março de 1994, quando a abertura da economia, o câmbio valorizado, e a expansão dos serviços fechavam vagas nas indústrias. Em números absolutos, significa 11 milhões de pessoas com carteira assinada nas grandes cidades.

O resultado de março será divulgado na quinta-feira. Para analistas, a previsão é de alta comparado aos 49,3% de vagas formais de março de 2009. A tendência de avanço da fatia de trabalhadores com carteira é consistente. Em março de 2004, respondia por 43,9% dos ocupados, saltou para 45,7% em março de 2006, 48,3% em março de 2008.

"A formalização do trabalho e a recuperação dos salários demonstram como o Brasil saiu rápido da crise", disse o secretário-geral da Confederação Única de Trabalhadores (CUT), Quintino Severo. Para o economista da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Flávio Castelo Branco, "é um círculo virtuoso, porque a expansão da economia gera mais formalização, que volta a alimentar o crescimento."

Segundo especialistas, vários motivos explicam a disposição das empresas em assinar a carteira do trabalhador, apesar do peso dos impostos. O principal é o crescimento da economia, mas também influenciam inflação controlada (que traz previsibilidade), expansão do crédito (os investidores exigem o cumprimento das leis antes de colocar dinheiro em uma empresa) e maior fiscalização.

Desafios. Apesar dos avanços, quase 8 milhões de pessoas tem um emprego precário nas metrópoles do País, segundo o IBGE. No interior, esse número se multiplica, porque as cidades concentram o emprego formal. Na agricultura, a produção de subsistência é quase toda informal. Entre as 6,5 milhões de empregadas domésticas brasileiras, apenas 1,5 milhão tem carteira assinada. Muitas pequenas e médias empresas trabalham na informalidade, porque não conseguem pagar os impostos e encargos sociais que fazem um trabalhador custar para a empresa o dobro do seu salário.

Convite

Em comemoração ao dia do Trabalho, a Secretaria Municipal de Trabalho e Renda de Campinas está organizando uma semana especial de eventos ligados ao trabalho.
No dia 05/05 a partir das 8h30, o Observatório do Trabalho realizará o Seminário "A Geração de Emprego nos Pequenos Negócios da Região Metropolitana de Campinas".
A agenda completa e mais detalhes do Seminário serão disponibilizados em breve.